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ANP: ainda é cedo para retomar gasoduto Brasil-Bolívia

Por Kelly Lima
Atualização:

O diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse hoje que "ainda é cedo" para pensar na retomada do projeto de expansão do gasoduto que liga a Bolívia ao Brasil, mas que a idéia deverá voltar a ser estudada em breve. "Não é uma decisão da ANP. Isso caberá ao governo federal. A ANP não foi ainda consultada ainda, mas as relações entre os dois países estão bem melhores, o que possibilita a retomada natural deste processo", disse. A licitação, que estava no estágio de análise das propostas e confrontamento entre os pedidos foi suspensa em maio de 2006, quando a Bolívia anunciou a estatização de suas reservas. Pelas propostas apresentadas à época, a Petrobras era a principal interessada. O gasoduto teria sua capacidade atual, de 30 milhões de metros cúbicos por dia, expandida em, pelo menos, mais 15 milhões de metros cúbicos diários. Além da Petrobras, haviam proposto a ampliação do Gasbol, a Repsol, em 6,6 milhões metros cúbicos por dia, a Total, em 5,65 milhões, a British Gas, em 6,1 milhões, a argentina Pan American Energy, em 2,7 milhões, totalizando 36,05 milhões de metros cúbicos em prazos variáveis entre 15 anos e 20 anos. O diretor não soube dizer se a licitação entre as empresas interessadas em participar do investimento para a expansão do Gasbol poderá ser retomada de onde foi suspensa, ou se será necessária a publicação de um novo edital. "Vamos consultar a Procuradoria da ANP para saber a forma legal de retomar este processo, mas acredito que se tivermos que começar do zero, levará muito tempo. O ideal seria que o processo fosse retomado de onde parou", disse, após participar de evento na sede da reguladora, para o lançamento do anuário estatístico do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis de 2007.

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