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ANP quer começar a perfurar no pré-sal ainda este ano

Exploração será feita em áreas da Bacia de Santos, que serão usadas pela União no processo de capitalização

Por Nicola Pamplona e da Agência Estado
Atualização:

A Petrobrás e Agência Nacional do Petróleo (ANP) esperam iniciar ainda este ano a exploração de áreas não concedidas no pré-sal da Bacia de Santos, que serão usadas pela União no processo de capitalização da estatal. A ideia é perfurar o primeiro poço ainda em 2009, utilizando uma sonda hoje contratada pela Petrobrás. A definição do local está a cargo de um grupo técnico montado com representantes das duas partes.

 

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Será o primeiro poço marítimo perfurado pela ANP desde sua criação, em 1998. A agência foi autorizada pelo governo a aprofundar o conhecimento das áreas do pré-sal que serão licitadas segundo o novo modelo do setor. Neste primeiro momento, porém, o foco deve ser a delimitação dos 5 bilhões de barris que serão vendidos pelo governo à Petrobrás no processo de capitalização da companhia.

 

"Dependendo da qualidade do quadro sísmico, acho que até o final do ano a gente tem que já ter alguma ideia de locais preferenciais (para perfuração)", afirmou o diretor de exploração e produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, que evitou comentar onde os poços serão perfurados. Ele disse apenas que há uma corrida contra o tempo para avaliação das áreas, uma vez que a estatal terá que negociar unitização em quase todas as reservas da região.

 

A ANP confirmou ao Estado que a ideia é iniciar os poços ainda este ano, mas disse que ainda não há definição sobre o local. Segundo Estrella, serão usadas duas sondas de perfuração hoje contratadas pela Petrobrás. "A ideia é, definidos esses locais preferenciais, deslocarmos essas sondas, que já estão ali na região do pré-sal, para atender a ANP", contou o executivo, completando que quem pagará a operação será a própria agência.

 

Estrella evitou comentar a possibilidade de o primeiro poço ser perfurado no entorno de Iara, cujo reservatório se estende para além dos limites da concessão e, segundo o mercado, pode ser usado no processo de capitalização. Outra possibilidade, segundo analistas, é a descoberta de Guará, que também excede os limites concedidos. As duas, juntas, têm potencial de até 6 bilhões de barris de petróleo.

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