Ele conta que até o ano passado costumava viajar para Paris todas as férias. Mas, neste ano, a família não vai viajar. "Se o dólar não estivesse tão alto, eu iria para o exterior", diz o consultor, ponderando que os bebês não são impedimento para viagens longas. Mas o dólar nas alturas também afetou as compras de itens supérfluos. Os vinhos importados, por exemplo, foram substituídos pelos nacionais. O último corte de despesa ocorreu na semana passada, quando ele demitiu a empregada. "Tive queda na renda e estou cauteloso", explica o consultor. Como a empresa na qual ele trabalha presta muitos serviços para o governo, com o contingenciamento de gastos de publicidade, a sua receita caiu. "Neste mês recebi um quarto do que recebia no passado", conta. A projeção de Rodrigues é que os tempos bicudos durem por mais seis meses. / M.C.