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Anvisa suspende Zolapim e histamix

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, comercialização e o uso do medicamento Zolapim em todas as suas apresentações e lotes. O remédio apresentava falhas terapêuticas, de acordo com denúncias de médicos paulistas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde determinou hoje a suspensão da importação, da comercialização e do uso do medicamento Zolapim (clozapina) em todas as suas apresentações e lotes. A medida preventiva foi tomada depois que à Anvisa recebeu denúncias de médicos dos hospitais das Clínicas de Ribeirão Preto e de São Paulo de que o medicamento apresentava falhas terapêuticas. Sete casos foram registrados na primeira unidade hospitalar e outros cinco na segunda. O produto é importado pela empresa Meizler Comércio Internacional S.A, localizada em São Paulo. Os médicos dos hospitais paulistas constataram que o similar utilizado no tratamento de esquizofrenia não causava o mesmo efeito que o de referência Leponex, da Novartis, que vinha sendo utilizado anteriormente na recuperação de pacientes. Em outubro, técnicos da Anvisa irão à Alemanha e à Holanda para fiscalizar as plantas industriais envolvidas na produção do Zolapim. Na Holanda é feita a produção e o controle da matéria-prima e na Alemanha, o medicamento é processado. Laudos para comprovação da denúncia serão preparados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Xarope interditado Anvisa determinou também a interdição do xarope Histamix 120 ml, lote nº 005, fabricado pela empresa Hebron S.A. Indústria Química e Farmacêutica, localizada em Caruaru (PE). Laudos realizados pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) constataram que o xarope tinha espessante em excesso, o que causou uma reação química, transformando o produto em gel, sendo que a apresentação correta é na forma líquida. A denúncia foi feita por um usuário que, ao abrir a embalagem do medicamento, percebeu que estava gelatinoso. O caso foi notificado à vigilância sanitária do estado que comunicou à Anvisa. A interdição cautelar é válida por 90 dias. A empresa tem 10 dias para apresentar defesa.

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