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Ao Congresso, Temer diz que missão conjunta é superar 'maior crise de nossa história'

Presidente enviou mensagem a parlamentares na abertura dos trabalhos de 2017

Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - Em mensagem enviada ao Congresso Nacional, lida nesta quinta-feira, 2, pelo senador Gladson Cameli (PP-AC), por ocasião da abertura dos trabalhos de 2017, o presidente Michel Temer disse que a "missão conjunta" do Executivo e do Legislativo "é superar a maior crise da nossa história" e defendeu a necessidade de reformas. "Nossa missão conjunta, que une brasileiros de todos os quadrantes e forças políticas de todos os matizes, é superar a maior crise de nossa história. Uma crise econômica, de origem essencialmente fiscal, que se traduziu em expressiva retração de nosso Produto Interno Bruto nos últimos dois anos", destacou Temer em mensagem levada ao Congresso pelas mãos do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O presidente Michel Temer Foto: Ed Ferreira/Estadão

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Segundo o texto, a crise social tem como "face mais dramática" o desemprego de milhões de trabalhadores e a crise política "ecoa no clamor por padrões éticos mais elevados e rigorosos na vida pública". "A crise tem múltiplas dimensões - mas o Brasil é maior que todas elas. Nosso passado mostra que sabemos caminhar juntos, para além de diferenças conjunturais. A nossa é uma história de superação", escreveu.

Reformas. O presidente, que tem dito publicamente que quer um governo com a marca reformista, escreveu ainda que "ao expormos a situação do Brasil, a palavra crise é inevitável, ao apresentarmos o caminho para o futuro, o termo-chave é reforma". "É hora de encarar sem rodeios as grandes reformas de que o Brasil precisa. Reformas vitais para restaurar a credibilidade que traz investimentos, que gera empregos. Reformas cruciais para que tenhamos um Estado eficiente, que assegure oportunidades para todos. Um Estado que corresponda às legítimas expectativas do cidadão", afirmou.

Segundo o texto de Temer, no ano passado, o governo deu "importantes passos" para avançar na agenda de reformas e com a implantação do teto dos gastos público "imunizamos o Brasil contra o populismo fiscal". "O teto é medida de bom senso, que vem de constatação singela: não podemos gastar mais do que nossa capacidade de pagar. Contas desequilibradas ameaçam a saúde, ameaçam a educação, ameaçam todas as políticas públicas", afirmou.

Temer citou ainda a lei de responsabilidade das estatais, que fez com que o "mérito e capacidade técnica passaram a prevalecer na direção das empresas que são patrimônio de todos os brasileiros". "Com a nova lei do pré-sal, devolvemos racionalidade ao setor de petróleo e gás", disse. "Com o Projeto Crescer, estamos reformulando nosso modelo de concessões para introduzir previsibilidade, estabilidade e segurança jurídica." 

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