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Apagão já custa R$ 150 milhões

Empresas reduziram operação em 30%, diz sindicato

Por Alberto Komatsu
Atualização:

A intensificação da crise aérea e as restrições anunciadas ao Aeroporto de Congonhas devem trazer uma redução de 30% na operação das companhias aéreas. A estimativa é do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). A entidade calcula que, no período de outubro do ano passado a junho deste ano, o apagão já custou R$ 150 milhões às empresas de transporte regular de cargas e de passageiros. Entre as empresas especializadas em transporte de cargas, a VarigLog viu seu custo aumentar 23% este mês. O motivo é a transferência de vôos de passageiros de Congonhas para o Aeroporto de Guarulhos. Como a prioridade tem sido atender os passageiros, os aviões da ex-subsidiária da Varig gastam mais combustível para esperar sua vez de pousar. O querosene de aviação representa 35% dos custos de uma empresa aérea. ''''Estamos fazendo um levantamento do prejuízo para sensibilizar as autoridades e, eventualmente, pedir uma compensação ao governo'''', afirma o diretor comercial da VarigLog, Sérgio Sampaio. Cerca de 90% dos vôos da companhia estão concentrados em Guarulhos. A VarigLog está aumentando sua operação de 72 para 110 vôos semanais, com o aumento de sua frota de 25 aeronaves. Outros três aviões chegarão até o fim do ano. O investimento total será de US$ 250 milhões. A Fedex e a UPS, que operam em Viracopos, informaram que a transferência de vôos de Congonhas não teve impacto em suas operações. MALHA Além dos prejuízos, as companhias aéreas de vôos regulares também estão revisando todo o seu planejamento de malha de vôos e de frota, conta o secretário-geral do Snea, Anchieta Hélcias. Segundo ele, haverá ''''inevitavelmente'''' redução do número de aeronaves que estava programado para 2018. Nesse período, as cinco maiores empresas do setor previam a entrega de 170 aviões. As operações das empresas de táxi aéreo e de aviação executiva deverão ficar restritas a Congonhas.

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