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Apagão logístico é criticado na abertura do Agrishow, em Ribeirão Preto

Empresários pedem soluções para as deficiências da infraestrutura que atrapalham agronegócio

Por e da Agência Estado
Atualização:

RIBEIRÃO PRETO - Críticas de lideranças do setor agropecuário marcam o início da 20ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A feira completa 20 anos de história e vai até 3 de maio.

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O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, afirmou, em entrevista à imprensa, que uma solução para o caos logístico no País não sairá em menos de dez anos.

"Não é possível que, com tanta tecnologia mostrada na feira e com uma produção recorde, o produtor enfrente tantos problemas logísticos", protestou Ramalho.

Já o presidente da Agrishow, Maurílio Biagi Filho, ironizou os problemas de logística do País e disse ter uma solução simples para a questão. "A solução simples é produzir menos", afirmou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, usou chapéu de boiadeiro e aplicou vacina em um boi ao participar da abertura da feira, que deve movimentar R$ 2,5 bilhões em negócios, alta de 8% sobre a edição de 2012, e receber 152 mil visitantes.

Os organizadores da feira anunciaram investimento de R$ 25 milhões nos próximos 30 anos para tornar viável o plano diretor de ocupação da área, que é cedida pelo Estado por esse período.

O ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB-MG), afirmou que a prioridade do Plano Agrícola 2013/14 será a armazenagem, tendo em vista os problemas com logística e infraestrutura para escoamento da produção do País.

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"Vamos lançar um plano nacional de armazenagem, com juros mais baixos e maiores prazos de pagamento e de carência", disse o ministro no discurso de abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

O tema armazenagem dominou as conversas entre Andrade e o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, no encontro de ambos na Fazenda Santa Izabel, em Guariba (SP), onde se realiza o Agrishow.

Andrade se hospedou na Fazenda Santa Izabel, de Roberto Rodrigues. Ele estava acompanhado do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, e de Cooperativismo, Caio Rocha.

Em seu discurso, Andrade admitiu que a produção brasileira cresceu muito mais do que o esperado e criticou a falta de investimentos feitos para o escoamento da safra.

"Isso mostra que teríamos que ter feito investimentos no passado, que não foram feitos." Segundo o ministro, tudo indica que a safra 2013/14 será novamente recorde, para mais de 184 milhões de toneladas de grãos.

"É preciso garantir renda ao agricultor e por isso teremos um plano de safra mais amplo e efetivo, com juros menores e com prazo de pagamento maiores", concluiu o ministro. Na safra 2012/13, foram disponibilizados R$ 115,25 bilhões de para agricultura empresarial e R$ 18 bilhões para a agricultura familiar.

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