
19 de agosto de 2010 | 17h46
O Ibovespa, mais importante índice acionário brasileiro, teve baixa de 1,11 por cento, aos 66.887 pontos. O volume financeiro da sessão somou 5,3 bilhões de reais.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram na última semana para a máxima em 9 meses . E a atividade manufatureira na região do Meio-Atlântico do país encolheu inesperadamente em agosto, para o menor nível em mais de um ano.
"Os números reforçam os indícios de que a retomada da economia norte-americana está perdendo força neste segundo semestre", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.
Os principais índices de Wall Street retrocederam entre 1,4 e 1,7 por cento. O dia só não foi pior por causa de outro dado, o de indicadores antecedentes nos EUA, que mostrou alta de 0,1 por cento em julho, em linha com as expectativas.
Na bolsa paulista, a influência externa foi parcialmente amortecida por ganhos isolados. Braskem, por exemplo, subiu 3,9 por cento, cotada a 15,08 reais.
Entre os mais de maior peso no Ibovespa, BM&FBovespa ganhou 0,83 por cento, a 13,35 reais, enquanto OGX teve alta de 0,8 por cento, saindo a 20,10 reais.
Por outro lado, o papel preferencial da Petrobras seguiu acusando a apatia dos investidores frente às indefinições com o processo de capitalização da companhia e tombou 3,25 por cento, a 26,78 reais.
"Enquanto não sair a definição do preço do barril, vai ser isso", disse Rosa.
Em relatório divulgado nesta manhã, o JPMorgan considerou que a definição do preço do barril a ser pago pela companhia à União pelas reservas do pré-sal será o principal "driver" para a ação. O cenário base é de 5 a 6 dólares --logo, preços superiores a esse patamar tenderiam a pesar nas ações.
Reportagem desta quinta-feira do jornal O Estado de S.Paulo disse que a consultoria contratada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para avaliar o barril dentro do plano de capitalização da Petrobras estabeleceu preço entre 10 e 12 dólares. O governo deve divulgar o preço no dia 23.
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