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Apesar da alta, analista não recomenda ouro

O ouro foi o investimento que trouxe o maior retorno do ano. Analista financeiro diz que, devido à elevação de seu preço, a possibilidade de queda no momento é grande e, portanto, o metal não é um bom negócio. Para o grande investidor, o ativo ainda pode ser usado como forma de diversificaçào.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ouro é até agora o melhor investimento do ano, mas ele não é recomendado como um investimento seguro no momento, pois está sujeito a uma mudança de humor nos mercados. Essa é a avaliação do analista financeiro e professor da Universidade Federal do Paraná, Mauro Halfeld. O fato é que o preço do ouro é dado no mercado internacional (ver link abaixo) e, portanto, está sujeito às oscilações que acontecem na economia mundial. Segundo o analista, a atual crise econômica mundial ainda pode dar algum fôlego ao mercado internacional do ouro, mas há muitos riscos nesse negócio, tanto em relação às características do investimento quanto às condições de mercado. "Em 2001, antes dos ataques, o preço do metal estava bastante baixo. A partir daí, com o clima de insegurança, o ouro passou a ser procurado, o que provocou uma forte alta no preço do ativo. Agora, há probabilidade de o preço cair", disse o especialista. Outro fator que entra no preço do ouro no Brasil é o comportamento da taxa de câmbio, já que sua cotação é pelo dólar. Com a alta da moeda norte-americana, houve um aumento do preço do metal no País. "É uma aposta de risco comprar ouro nesse momento, pois tanto as incertezas em relação à economia mundial podem diminuir quanto o dólar no Brasil se estabilizar ou recuar", disse Halfeld. Liquidez é baixa A alta do ouro foi expressiva no ano: 28,84% até a última sexta-feira - vencendo o dólar, o segundo no ranking, por 11,06 pontos percentuais. Devido a essa alta e à segurança que o metal traz, Halfeld acha prudente que os grandes investidores dediquem uma pequena parcela de seus recursos para esse ativo, já que, em um cenário de incertezas, é importante ter uma carteira diversificada. "A melhor opção para qualquer investidor, em qualquer mercado, é diversificar a carteira. Colocar 100% do capital em um único investimento é um equívoco." No caso dos pequenos investidores, Halfeld acredita que o ouro não seja a melhor forma de diversificação. "Além do risco das oscilações, a liquidez do ouro no mercado brasileiro é baixa e deve-se levar em consideração a custódia do metal", disse. A custódia do ouro na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) é a mais barata, de 0,07% ao mês. Segundo ele, essa diversificação pode ser feita em outros ativos. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Veja também a cartilha com dicas de investimento em ouro e matérias sobre a alta do metal no ano e sobre a turbulência no mercado dos fundos de investimento.

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