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Economia e outras histórias

Apesar da alta forte da inflação em janeiro, tendência é de recuo

A alta da inflação em janeiro, ainda que sem dúvida forte, não deveria, pelo menos até o fim do primeiro trimestre, servir de guia para a trajetória da alta de preços ao longo de 2016. Nas planilhas dos especialistas, a marcha inflacionária mostra tendência de recuo em 12 meses, fechando o ano entre 7% e 8% - mais uma vez acima do teto da meta. 

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Por José Paulo Kupfer
Atualização:

Ainda que fatores inerciais possam interferir, causando resistências ao recuo dos índices de preços - as previsões de alta para os preços livres, em 2016, permanecem acima de 7% -, duas das principais pressões exercidas em 2015 não estarão mais presentes em 2016. Tanto os preços monitorados quanto os da taxa de câmbio serão muito menores este ano. 

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As projeções para os preços monitorados em 2016 mostram alta de cerca de 6%, ante 18% no ano passado. Já a taxa de câmbio, segundo as estimativas do momento, pode apresentar elevação de até 15% ao longo do ano, nada comparado com a variação de mais de 50% registrada em 2015. 

De acordo com o índice de difusão do IPCA, três em cada quatro preços registraram alta em janeiro. Mas os dois principais vilões do mês - alimentação e transporte - responderam sozinhos por 75% do índice. Transporte trouxe um componente sazonal, representado pelos reajustes de tarifas de ônibus urbanos, no começo do ano. 

Quanto aos alimentos, sobretudo os in natura - que puxaram o IPCA de janeiro e também sofreram impacto do aumento dos insumos importados, registrando a maior alta para meses de janeiro desde 1995 -, seus preços sobem tão rápido quanto descem, influenciados mais pela oferta do que pela demanda.

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