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Apesar da crise, Evernote cresce rápido no Brasil

Por Claudia Tozzeto
Atualização:

O Evernote, popular aplicativo de bloco de notas, continua a crescer sua base de usuários no Brasil apesar da crise. O País é o segundo mercado mais importante para a plataforma em todo o mundo - atrás somente dos Estados Unidos - e puxa o crescimento do serviço na América Latina. Em outubro, ele alcançou a marca de 15 milhões de usuários na região, dos quais 7 milhões estão no Brasil."É um crescimento verdadeiramente espetacular. Nossos números no Brasil estão superando o crescimento do serviço na China", diz o gerente-geral do Evernote para a América Latina, Luis Samra. Segundo a empresa, o Brasil apresentou crescimento de 114% no número de usuários no último ano. A cada mês, o serviço adiciona, em média, 300 mil novos brasileiros à sua base global de mais de 150 milhões de usuários.O crescimento do número de adeptos do serviço no País impressiona ainda mais por conta do momento de crise econômica. Embora seja possível utilizar o Evernote de forma gratuita, a maior parte dos recursos do aplicativo só está disponível para quem paga uma assinatura. Até o início de 2015, era preciso desembolsar US$ 45 ao ano para usufruir de todas as funcionalidades."Nossos preços estavam fora da realidade do Brasil e de outros países emergentes. Fizemos mudanças e tivemos boa aceitação", conta Samra. Em abril, a equipe do serviço reduziu o preço do plano premium para US$ 25; além disso, eles lançaram um novo plano plus, com alguns recursos a menos, com preço de US$ 12.Estratégia. Não foram só os preços do Evernote que mudaram nos últimos tempos. No final de julho, o ex-executivo responsável pelo projeto do Google Glass, Chris O'Neil, assumiu o cargo de CEO no lugar do fundador do Evernote, Phil Libin. "Ele está simplificando nossa operação e agora nossa orientação é focar em melhorar nosso principal serviço, o Evernote", afirma Samra.A estratégia é, de certa forma, contrária à adotada pela empresa nos últimos quatro anos. Neste período, o Evernote lançou uma série de aplicativos independentes, como o Food, uma espécie de livro de receitas virtual; e o Pick, um caderno de perguntas e respostas. Com a chegada de O'Neil, esses aplicativos não receberão novas atualizações. "Fazer muitas coisas ao mesmo tempo estava nos distraindo do negócio principal", diz o gerente-geral da empresa na América Latina.Segundo Samra, o foco da empresa nos próximos meses é melhorar os principais recursos do Evernote. É o caso da busca, usada para encontrar os conteúdos adicionados às notas - entre eles, texto, áudio e imagem. Outra preocupação é o mecanismo de sincronização das anotações, que garante que as informações estarão disponíveis em qualquer dispositivo, seja ele um smartphone, tablet ou PC.Até o final do ano, a equipe também pretende unificar o editor de notas em todas as plataformas. "Estamos presentes em muitas plataformas, mas cada uma delas apresenta uma diferença na forma como os usuários escrevem e guardam suas notas", diz Samra. Com o design único, a expectativa é de que os usuários "anotem" ideias com mais frequência no app, já que será mais fácil achar as principais ferramentas.

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