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Apesar da crise, Ipea espera expansão mais forte do país em 2007

"A dúvida é saber o quão perto de 5% vai ser", disse à Reuters o economista do instituto Fábio Giambiagi

Por Reuters
Atualização:

Apesar da crise vivida pelos mercados financeiros globais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai revisar, para cima sua estimativa para a taxa de crescimento da economia brasileira em 2007. "Vamos rever para cima o crescimento deste ano. A dúvida é saber o quão perto de 5% vai ser", disse à Reuters o economista do instituto Fábio Giambiagi, nesta segunda-feira. A última projeção do Ipea, divulgada em junho, indicava um crescimento de 4,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2007. Para 2008, o Ipea - órgão ligado ao Ministério do Planejamento - estimava uma expansão econômica de 4,4%. A nova projeção só deve ser conhecida depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado do PIB no segundo trimestre. Os dados devem ser conhecidos até o final da primeira quinzena de setembro. Apesar disso, Giambiagi afirmou que alguns dados preliminares sustentam a aposta de aumento na taxa de crescimento da economia neste ano. "Os dados antecedentes são muito positivos para o segundo trimestre, com carregamento para o terceiro."   Para o economista, a crise dos mercados globais - deflagrada por problemas no setor de crédito imobiliário dos Estados Unidos - só deve gerar efeitos sobre o país no próximo ano. "Para 2008 nós esperamos dois fatores pesando sobre o PIB. Um fator positivo é o ''carry-over'' de 2007 para o ano de 2008. O fator negativo é o impacto da turbulência nos mercados e seus efeitos na China e nos EUA. Temos que ver como vai ficar a compensação dessas duas forças", disse ele.

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