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Apesar da crise, shoppings estão otimistas com Natal

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com um ano nada favorável para o comércio, os shoppings estão otimistas com relação ao desempenho das vendas no final do ano. A maioria já montou a decoração que dá o clima de Natal em seus corredores e está deflagrando as campanhas publicitárias. Os investimentos são um pouco maiores que do ano passado, mas praticamente estão acompanhando a variação da inflação. "O Natal vende por si só" resumiu Glorinha Baumgart, diretora de marketing do Center Norte, na zona norte de São Paulo. Segundo ela, apesar do cenário econômico, os consumidores não deixarão de ir às compras. O shopping, que está pronto desde o dia 2 de novembro, investiu R$ 1,5 milhão, quase o mesmo valor de 2001. "Procuramos restringir os gastos para não onerar os lojistas", disse a diretora, acrescentando que depois das eleições o movimento começou a melhorar. No sábado após o feriado (dia 16), de acordo com ela, o shopping registrou recorde de vendas no ano. A expectativa é de que o faturamento cresça cerca de 10% no Natal sobre o ano passado. O shopping Tatuapé, na zona leste de São Paulo, também investiu fortemente neste ano. A decoração, com o tema Natal da Turma da Mônica, foi criada exclusivamente por Mauricio de Souza. O volume empregado cresceu 10% e tem objetivo de arrematar a reestruturação tocada pelo departamento comercial desde julho do ano passado, que resultou na alteração do mix de lojas e na redução da vacância de espaços a aproximadamente 1%. Cláudio Voso, superintendente do Tatuapé, espera um aumento de 12% nas vendas. Segundo ele, todos os anos aparecem fatores que podem comprometer os resultados, mas a data nunca deixou de ser a principal para o comércio. É a comemoração que abocanha a maior parte da verba de promoção -no caso da Tatuapé, um terço do volume total -e a que gera o maior retorno. Neste ano de renda reprimida, acredita Voso, a primeira parcela do 13.º dos trabalhadores deve ser usada para quitar dívidas e a segunda deve ir para o consumo. Embora a expectativa não seja generalizada, alguns empreendimentos estão acreditando que o consumo represado durante todo o ano será liberado no Natal. O shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, é um deles, de acordo com o superintendente Marcelo Muniz. Esperando elevar as vendas em 12% ele acha que o consumidor poderá "repor" as compras que adiou em 2002. Além disso, ele está contando com as reformas de revitalização do shopping para atrair clientes. A Rede Nacional de Shopping Center (Renasce), que administra nove negócios no País, entre eles o Morumbi (SP), o Anália Franco (SP) e o BarraShopping (Rio), investiu conjuntamente R$ 15 milhões, cerca de 30% a mais que no ano passado. O aumento, de acordo com Jacqueline Lopes, diretora de marketing, foi em razão da decisão da empresa de fazer decorações diferentes para cada empreendimento e também pela necessidade de reforçar o clima de Natal, uma vez que a previsão era de vendas fracas. Mesmo com a melhora do ânimo do consumidor verificada depois das eleições a empresa manteve o investimento e agora enfrenta nova fase de dúvidas com a elevação dos juros pelo Banco Central. "O consumidor vai comprar, mas de forma mais contida", prevê. O shopping Iguatemi, na zona oeste de São Paulo, também não poupou esforços para transformar o shopping em atração. Ele é um dos poucos empreendimentos que não terceiriza a decoração, criada pelo artista Juarez Fagundes. O total investido chegou a R$ 2,5 milhão e inclui até seis apresentações musicais diárias durante o mês de dezembro com oito cantores do grupo Trovadores Urbanos. Charles Krell, gerente-geral, conta com o glamour da decoração para atrair consumidores, além da disposição para compras já manifestada depois do segundo turno das eleições. O Iguatemi trabalha com a possibilidade de vender cerca de 12% mais que em 2001. Veja a galeria de fotos

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