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Apesar de clima de cautela, Bovespa tem 6a alta seguida

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Por Redação
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Embora investidores mantenham cautela sobre o desempenho do mercado acionário no curto prazo, a Bolsa de Valores de São Paulo teve sua sexta alta consecutiva nesta terça-feira, descolando de Wall Street. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou o dia com valorização de 0,45 por cento, aos 63.481 pontos. O volume financeiro foi de cerca de 4,5 bilhões de reais. Após iniciar a sessão em queda, indicando uma realização de lucros, o Ibovespa mostrou volatilidade e oscilou entre os terrenos positivo e negativo durante a sessão. Mas a alta prevaleceu no fim do dia. Em 1 semana, o indicador acumula valorização de 7,5 por cento. Nesta terça, a ação que registrou maior valorização desde o início dos negócios foi a preferencial da ArcelorMittal Inox Brasil, antiga Acesita, no dia em que o grupo ArcelorMittal divulgou que planeja fazer uma oferta pública para aquisição de 43 por cento da empresa, oferecendo 100 reais por ação preferencial ou ordinária. Os papéis da produtora de aço inox terminaram o dia com avanço de 9,37 por cento na bolsa paulista, aos 97,49 reais. Na máxima do dia, os papéis chegaram a ser negociados a 97,90 reais. O setor de energia elétrica foi outro destaque positivo: CPFL Energia subiu 4,11 por cento, para 36,70 reais, e Eletrobrás ganhou 2,66 por cento, a 25,90 reais. A blue chip Petrobras ajudou a sustentar a alta do Ibovespa, encerrando o pregão com valorização de 1,78 por cento, cotada a 74,50 reais. Nos Estados Unidos, os principais índice da bolsa de Nova York fecharam no vermelho. Os investidores voltaram a ficar receosos sobre o impacto da crise de crédito nos lucros de financeiras e na economia norte-americana como um todo. A corretora JP Morgan reduziu suas estimativas de lucros de quatro grandes bancos de investimento, citando preocupações com baixas contábeis e perdas com empréstimos. Para a corretora Ativa, o panorama no exterior e a crise de crédito global que teve origem com problemas no setor de hipotecas dos EUA exigem atenção. "O ambiente econômico internacional ainda inspira cuidados, principalmente pela falta de clareza sobre os desdobramentos da crise financeira americana", recomendou a Ativa. No entanto, sobre o mercado interno, a perspectiva é positiva para até 2008. "Na parte corporativa começa a expectativa quanto ao fechamento dos resultados em 2007 e as perspectivas para 2008. Mantemos a visão de que as empresas voltadas ao consumo interno continuarão com performance crescente aproveitando o bom momento da demanda", destacou a corretora. Prevendo um panorama parecido, o Merrill Lynch enxerga um mercado brasileiro menos suscetível a turbulências externas. "Em 2008, achamos que o Brasil mostrará que pode sustentar o crescimento em meio a condições externas menos favoráveis", afirmaram analistas do Merrill Lynch em relatório. (Por Rodolfo Barbosa)

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