PUBLICIDADE

Publicidade

Aplicações mais arriscadas para diversificação

Investir em uma aplicação mais arriscada exige que o investidor não tenha uma data definida para resgate. Normalmente são recursos destinados a projetos de longo prazo. Entre as opções, dólar, fundos cambiais, Bolsa e fundos multimercado.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao optar por uma aplicação mais arriscada, o investidor não deve ter uma data definida para resgate. Normalmente são recursos destinados a projetos de longo prazo, como a aposentadoria, no caso de investidores em início de carreira. Mesmo para estes recursos, as incertezas do cenário dificultam a escolha da aplicação. Segundo o economista-sênior do BBV Banco, Fábio Akira, isso acontece porque a política econômica adotada pelo próximo governo será determinante para todos os ativos e terá influência direta sobre o desempenho das aplicações. Com o atual regime de câmbio flutuante, as cotações do dólar, especialmente, reagem muito rápido. O diretor de fundos de investimento do BNL Asset Management, Claudio Lellis, afirma que até as eleições e dependendo do seu resultado, o fluxo de recursos para o País pode diminuir. Além disso, o governo e as empresas podem ter dificuldade para captar dólares no exterior. Um aumento da procura aliado a uma diminuição de recursos entrando no país pode manter as cotações em alta. Neste caso, quem comprar dólares ou investir em fundos cambiais terá bons ganhos, mas esta é uma aposta arriscada, pois não há certeza sobre o comportamento das cotações. Segundo analistas, a única certeza sobre este mercado agora é o movimento de fortes oscilações. Nas últimas semanas, as incertezas em relação ao encaminhamento das eleições presidenciais fizeram com que os investidores buscassem proteção em moeda norte-americana. O aumento da demanda por dólares pressionou para cima as cotações. Em maio, até ontem, a valorização da moeda norte-americana frente ao real era de 6,94%. Nos próximos dias, o diretor do West LB Banco Europeu Asset Management, André Reis, acredita que o dólar oscilará no intervalo de R$ 2,40 a R$ 2,65. "Trata-se de uma oscilação em um espaço muito grande e a principal influência sobre as cotações deve vir do resultado de novas pesquisas eleitorais, destaca. Bolsa: indefinições sobre setores e papéis Outra aposta que poderá trazer ganhos é o investimento em ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Neste mercado, os principais riscos estão relacionados ao comportamento da taxa de juros, ao crescimento econômico com a entrada do novo presidente da República, e à visão do investidor estrangeiro em relação ao Brasil. O diretor de renda variável do JP Morgan Fleming Asset Management, Eduardo Favrin, destaca que as incertezas em relação ao próximo governo não permitem definir quais são os setores com as melhores perspectivas de ganho. Para quem vai formar uma carteira de ações neste momento, a principal recomendação é optar por empresas líderes no setor de atuação, com menor grau de endividamento e com baixa vulnerabilidade às oscilações bruscas. "Mas estas são recomendações básicas, pois são muitas as variáveis que pesam na hora de formar um portfólio de ações. Portanto, o melhor é optar por um fundo de ações. Neste caso, o gestor escolhe os papéis com base em análises especializadas e, por este trabalho, o investidor paga uma taxa de administração", afirma Favrin. Segundo a sua avaliação, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - deveria estar em 16 mil pontos dadas as atuais condições econômicas do País. Em relação ao fechamento de ontem, o potencial de valorização é de 26%. Opção de diversificação em fundos Fundos multimercado são opções para quem não tem habilidade para acompanhar os riscos de cada mercado ou não tem tempo para se inteirar das mudanças no cenário econômico que afetam os investimentos, segundo Lellis. Esta mesma opinião tem Reis, do West LB Banco Europeu. "O ideal é escolher bons gestores. São eles que formarão a carteira com as melhores oportunidades de ganho do mercado", afirma Reis. Os recursos dos fundos multimercado são direcionados tanto para aplicações mais seguras quanto para as mais arriscadas. As porcentagens desta divisão dependem do perfil da carteira e devem constar do prospecto do fundo. Portanto, cabe ao investidor analisar as características e fazer a sua escolha. Veja mais informações sobre estas carteiras no link abaixo. Acompanhe também mais informações sobre qual o melhor comportamento para o investidor em períodos de forte oscilação e as recomendações para as aplicações com data definida para resgate.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.