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Após 15 quedas seguidas, prévia do PIB fica praticamente estável em abril

Índice de Atividade Econômica do Banco Central subiu 0,03% ante março; apesar da ligeira melhora, indicador registrou o pior resultado para o mês desde 2009

Por Bernardo Caram
Atualização:
IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia ao longo dos meses Foto: Paulo Whitaker/Reuters

BRASÍLIA - Depois de 15 meses em queda, a economia brasileira apresentou uma leve recuperação em abril. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do quarto mês deste ano, conhecido como a "prévia do PIB", teve alta de 0,03% ante março, com ajuste sazonal. Em março, havia registrado baixa de 0,36% - também na margem, com ajuste.

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Mesmo com a interrupção da trajetória de retração, o índice atingiu em abril o patamar de 134,45 pontos, o pior resultado para o mês desde 2009. Naquele momento, pela série livre de influências sazonais, o dado ficou em 123,62 pontos.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,60%.

O desempenho positivo da região Sul do País foi determinante para o resultado do IBC-Br. O índice da região avançou 3,43% no período, sendo o sexto mês seguido de alta. Também com dado positivo, o índice da região Sudeste apresentou elevação de 0,51% no mês. Na direção oposta, o Centro-Oeste apresentou um recuo de 2,77% na atividade. O Norte teve retração de 0,64% e o Nordeste caiu 0,54%. 

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,41 pontos em março para 134,45 pontos em abril, na série dessazonalizada. O resultado do IBC-Br ficou pior do que a mediana positiva de 0,21% calculada pela Agência Estado com base nas estimativas do mercado, mas dentro do intervalo das expectativas colhidas com 32 agentes de mercado, que iam de uma queda de 0,94% a uma alta de 0,56%. 

 

Trimestre. Entre fevereiro e abril, o IBC-Br registrou baixa de 1,03% na comparação com o resultado dos três meses anteriores, pela série ajustada do BC. Na comparação de fevereiro a abril com idêntico período de um ano antes, o resultado do índice foi de queda de 5,39% pela série observada. Já no acumulado de 12 meses até abril, pelo dado sem ajuste, a queda é de 5,41%.

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Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em março, o porcentual foi mantido em -0,36%. Em fevereiro, o índice passou de -0,33% para -0,30%. Em janeiro, o porcentual passou de -0,67% para -0,65%.

Metodologia. Em abril, o Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br. De acordo com o BC, a nova série incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referencia 2010, do IBGE. Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). "A despeito das modificações implementadas, as séries do IBC-Br antes e após as alterações descritas apresentam evolução similar", segundo o BC.

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