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Após 3 meses de estabilidade, taxa de desemprego cai em junho

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Por Redação
Atualização:

A taxa de desemprego no Brasil recuou em junho, graças à abertura de vagas em São Paulo. Após três meses estagnada em 10,1 por cento, a taxa caiu para 9,7 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. "A responsável pela primeira queda este ano tem nome e endereço: região metropolitana de São Paulo", afirmou o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Pereira. "Foi a primeira abertura de vagas significativa neste ano, mas a taxa ainda está mais alta que em junho de 2005 (9,4 por cento)." O economista lembrou que a população ocupada cresceu 2,1 por cento ante maio e 4,1 por cento frente a junho do ano passado. Segundo o IBGE, dos 268 mil postos de trabalho abertos em junho nas seis maiores regiões metropolitanas do país, 184 mil foram criados em São Paulo. Os setores que mais contrataram em São Paulo foram comércio, construção civil e serviços prestados a empresas. "Esses setores absorvem empregados num período que não é muito comum, principalmente o comércio. Com o crédito mais fácil e juros mais baixo, cria-se um ambiente de mais confiança entre os empresários brasileiros", disse Pereira. O economista do IBGE ponderou que a redução na taxa de desemprego influenciada por apenas uma região não representa um risco para o mercado de trabalho. Ele espera que a queda em São Paulo repercuta nas demais regiões nos próximos meses. "Tudo no mercado de trabalho começa em São Paulo e a expectativa é de que esse movimento deslanche nos próximos meses", afirmou. "Acho que o mercado de trabalho está começando uma reação pela região metropolitana de São Paulo. As coisas tendem a melhorar no segundo semestre." A taxa média de desemprego no primeiro semestre foi de 9,9 por cento ante igual período de 2006. Foi o melhor resultado desde o início da nova série histórica do IBGE, em 2003. RENDIMENTO CAI O aumento na contratação de empregados, a maioria informais e com salários mais baixos, causou uma queda de 0,5 por cento no rendimento médio do trabalhador em junho, para 1.119,20 reais. Frente a junho do ano passado, o rendimento avançou 2,7 por cento. Por outro lado, a massa de rendimento habitual em junho cresceu 1 por cento ante maio e 4,6 por cento frente ao mesmo mês de 2006. A massa de salário atingiu 23,3 bilhões de reais. "O rendimento médio caiu em junho porque há mais gente no mercado de trabalho ganhando menos. Mas há mais dinheiro circulando na economia em relação a maio e a junho, acrescentou Pereira.

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