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Após 7 sessões de alta, dólar fecha em queda de 0,55%

Recuperação de commodities e da Bovespa puxam cotação para baixo e moeda americana fecha em R$ 1,615

Por Reuters
Atualização:

O dólar quebrou uma seqüência de sete altas e encerrou a sessão desta quarta-feira em queda puxado pela recuperação dos preços das commodities e da Bovespa. A moeda norte-americana caiu 0,55%, a R$ 1,615. Apesar do recuo, o dólar ainda acumula um ganho de 3,20% em agosto.   Segundo Sidnei Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, o movimento de recuperação do real nesta quarta é um ajuste normal após a forte alta da moeda norte-americana nos dias anteriores.   Os estrangeiros que antes apostavam "contra o dólar abaixo de 1,60 real, agora tendem a errar apostando a favor, já que ainda não há ambiente para se esperar uma desvalorização sustentável do real", afirmou o diretor executivo em relatório.   De acordo com os dados da Bolsa de Mercados & e Futuros (BM&F) os estrangeiros já desfizeram mais de 10 bilhões de contratos de posições vendidas. Na véspera, os estrangeiros acumulavam 3,635 bilhões de dólares, líquidos, em posições compradas (posição que funciona como uma aposta no alta do dólar).   Milton Mota, operador da SLW Corretora, ressalta a importância dos ganhos das commodities desta quarta-feira no mercado cambial. "(Os preços) das commodities melhoram, a Vale subiu mais de 3% impulsionando a Bovespa... (os preços das commodities) agora estão mexendo bastante com o câmbio", disse Mota.   Os preços das commodities influenciam diretamente nos mercados domésticos à medida que elas formam boa parte das exportações e têm grande peso nos mercados de capitais do País.   O índice Jefferies-Reuters de commodities subia mais de 2%, enquanto o petróleo fechou em alta após três sessões de baixas consecutivas. A Vale subia 3,5% no fechamento do mercado cambial.   Apesar da volatilidade das bolsas de valores norte-americanas, o principal índice da bolsa paulista operava em território positivo, e o risco país caía 2 pontos básicos.   Ao redor do mundo, o dólar apenas mantinha, sem ampliar, os recentes ganhos obtidos com o temor de que a crise de crédito norte-americana se espalhe pelas economias asiáticas e européias.   Um relatório do Merrill Lynch, divulgado nesta quarta-feira, afirma que a valorização do dólar frente às principais moedas globais nas últimas semanas foi "exagerada".   "Nós continuamos esperando um fortalecimento do dólar no segundo semestre de 2008..., mas a perspectiva de alta que tínhamos pouco tempo atrás é agora, no curto prazo, de baixa", afirmou o relatório do banco de investimento.   Na última hora de negócios, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A autoridade monetária definiu a taxa de corte a R$ 1,6141.

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