BRASÍLIA - O superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade Rodrigues, enviou uma comunicação interna aos chefes de departamento da instituição para tranquilizar os servidores após a operação de busca e apreensão realizada mais cedo na sede do Conselho. Depois da saída dos homens da Polícia Federal, Rodrigues recebeu servidores para "esclarecer dúvidas".
"Nossos servidores colaboraram integralmente com as autoridades que realizaram as diligências e continuarão colaborando. Como de costume, o Cade será um órgão que luta contra os malfeitos no Brasil, e não o contrário", disse Rodrigues na comunicação interna obtida pelo Estadão/Broadcast.
No comunicado, o superintendente-geral informa que estaria à disposição dos colaboradores do órgão a partir das 11h30 - uma hora após a saída dos homens da PF do órgão - na sala de reuniões da superintendência "para esclarecer quaisquer dúvidas que vocês tenham". "Encorajo aos chefes de equipe que venham, para que posteriormente possam tranquilizar suas equipes", diz Rodrigues.
Petrobrás. A operação da Polícia Federal no Cade buscou informações e documentos sobre um processo envolvendo uma das empresas da JBS.
De acordo com o Cade, a Empresa Produtora de Energia (EPE) Cuiabá protocolou uma queixa no Cade em 2015 alegando que a Petrobrás estaria se recusando a fornecer gás natural. Por se tratar de uma usina termelétrica, a EPE tem no gás natural um dos insumos básicos para sua atividade.
Em nota, o Cade destaca que a empresa da JBS não é a única a protocolar uma reclamação do tipo. "Tal representação era semelhante a denúncias de outros agentes feitas ao Cade anteriormente", cita o texto, ao lembrar de concorrentes como Gemini, Abegás e Comgás.