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Após apagão, grandes empresas calculam os prejuízos

Por Luciana Collet (Broadcast) e WELLINGTON BAHNEMANN E ANDRÉ MAGNABOSCO
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Metalúrgicas, siderúrgicas, companhias da cadeia petroquímica, fabricantes de cerâmica e vidro estão entre as principais empresas afetadas pela queda do fornecimento de energia ocorrido ontem. O apagão durou até seis horas, dependendo da localização da empresa. Foram afetadas principalmente as companhias em que o ciclo de produção é contínuo, como no caso da Suzano Papel e Celulose. De acordo com o presidente da companhia, Antonio Maciel Neto, o complexo instalado no município de Suzano (SP) teve a energia retomada apenas às 3 horas de hoje. "Quando ocorre uma queda brusca de energia é uma situação muito complicada", afirmou. As perdas da empresa ainda não foram dimensionadas.A interrupção da energia, muitas vezes, gera perdas superiores ao que deixa de ser produzido no período de apagão. A fabricante de condutores elétricos Wirex Cable, por exemplo, contabilizou um prejuízo de R$ 150 mil a R$ 200 mil, o que representa cerca de 1% do faturamento mensal da empresa. "Os cabos são feitos sob medida, na extensão solicitada pelo cliente. Se o fornecimento de energia é interrompido, (a empresa) perde tudo o que estava na linha, não há como reaproveitar o material, que vira sucata", explicou o diretor-presidente da empresa, Sérgio Aredes, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel).Fabricantes de outros metais, como alumínio e aço, também indicaram que houve prejuízos. Em comunicado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou que o blecaute "exigiu redução de ritmo ou desligamento de vários equipamentos da Usina Presidente Vargas". Segundo a empresa, os equipamentos principais, como os do alto forno e laminadores, tiveram seu funcionamento interrompido temporariamente. A CSN afirmou que ainda está dimensionando o impacto na produção, que "aos poucos volta ao normal". Gerdau, ArcelorMittal e Usiminas também divulgaram notas informando perdas em suas unidades, que já operam normalmente.

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