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Após atuação forte do BC, dólar fecha em queda de 1,38%

Ajudada por leilões de venda direta e recuperação das bolsas mundiais, moeda fecha cotada a R$ 2,280

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Por Redação
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O dólar fechou em queda de 1,38% nesta quarta-feira, 8, cotado a R$ 2,280, após a realização de três leilões à vista da moeda realizados pelo Banco Central pela primeira vez desde março de 2003. Além disso, o BC negociou 27 mil contratos de swap cambial (troca de títulos em juros por papéis que pagam a variação do ólar) equivalentes a uma oferta de US$ 1,3 bilhão. Veja também: BC vende dólares pela 1ª vez desde fevereiro de 2003 Mantega convoca reunião de emergência do G-20 sobre crise Fed lidera corte global de juro e taxa cai 0,5 ponto percentual Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Crise pode trazer executivos brasileiros de volta ao País Entenda o pacote anticrise que passou no Senado dos EUA  A cronologia da crise financeira  Veja como a crise econômica já afetou o Brasil  Entenda a crise nos EUA  "O mercado está volátil, mas reagiu com queda às atuações do Banco Central refletindo um alívio momentâneo", disse um operador de um grande banco nacional. Os operadores consultados afirmaram ainda que a melhora das bolsas em Nova York também contribuiu para a redução da alta do dólar ao longo do dia. No mercado de ações, as bolsas reduziras as perdas e passaram a subir com rumores de que os Estados Unidos estariam preparando um novo pacote de resgate do sistema financeiro. A presidente da Câmara dos EUA, deputada Nancy Pelosi, disse que o Congresso poderá ter de voltar de seu recesso para debater o plano, que somaria mais US$ 150 bilhões, informa a rede Fox Business News. Depois de cair quase 6% durante a manhã, a Bolsa de Valores de São Paulo reduziu as perdas e chegou a subir 0,25%. Por volta das 16h40, a Bovespa oscilava e tinha leve queda de 0,30%, operando aos 40.019 pontos. Em Nova York, as bolsas viraram e, às 15h, o Dow Jones subia 0,28%. Juros O mundo assistiu nesta quarta a uma ação coordenada de cortes de juros por parte dos principais bancos centrais do planeta - acompanhados por outros - naquela que poderia ser uma manhã tenebrosa, depois que a Bolsa de Tóquio teve a maior queda em 21 anos (-9,38%) e enquanto as bolsas da Europa desabavam, mesmo após o anúncio de um pacote de resgate para os bancos do Reino Unido. Cortaram suas taxas de juros o Federal Reserve - dos EUA -, o Banco Central Europeu e os bancos centrais do Reino Unido, China, Canadá, Suíça, Suécia, Emirados Árabes e Hong Kong. Os mercados entraram em volatilidade na seqüência, mas as bolsas voltaram a operar com fortes quedas. Londres fechou em baixa de 5,18%, Paris perdeu 6,31%, Frankfurt caiu 5,88%. Os mercados criticam o fato de os BCs estarem sendo apenas reativos e salientam que os cortes não mudam a situação de resgate de fundos de hedge e de preocupações com o mercado de crédito.

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