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Após bater recorde, dólar inicia sexta-feira em queda

Correção e cenário externo mais favorável para países emergentes, como o Brasil, sustentam baixa da moeda americana, mas ainda predomina a preocupação sobre as eleições

Por Karla Spotorno (Broadcast)
Atualização:

O câmbio abriu o pregão desta sexta-feira, 14, sem direção clara, oscilando - ora em alta, ora em queda - perto do fechamento recorde de quinta. Com exterior favorável para emergentes, após a alta da taxa básica de juros nesta sexta na Rússia, a cotação do dólar ante o real passou a cair e marcou mínima. 

O dólar à vista abriu exatamente com o valor do fechamento de ontem (R$ 4,1998), a maior cotação nominal desde a criação do real, em 1994. Pouco depois marcou máxima, a R$ 4,2113 (+0,27%), para em seguida firmar-se em queda. Na mínima, marcou R$ 4,1693 (-0,73%), ficando perto desse patamar. 

O dólar terminou o dia com forte alta, aos R$ 4,20 Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

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Segundo agentes dos mercados de câmbio, a depreciação do dólar indica que prepondera, nesse início de sessão, uma correção nos preços após a forte alta de quinta. 

Nas mesas de operação, entretanto, a tensão quanto à corrida presidencial continua muito forte, o que mantém a pressão de alta. Como afirmou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto em relatório matinal, há forte expectativa quanto a novas pesquisas de intenção de voto. "Investidores se debruçam nesses estudos em especial, pois contemplam a conjuntura pós-atentado a Jair Bolsonaro de forma mais consolidada, bem como a oficialização de Fernando Haddad como candidato pelo PT", escreveu Machado Neto. 

Na manhã desta sexta-feira, o IBGE divulgou que o volume de serviços prestados teve recuo de 2,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. O resultado ficou perto da estimativa mais pessimista do mercado financeiro captada pelo Projeções Broadcast. As previsões iam de declínio de 2,50% a aumento de 0,40% no levantamento, com mediana de -0,95%. 

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