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Mercados internacionais fecham sem sentido único apesar de conversas entre EUA e China

Apetite por risco ganhou força pela manhã, após o representante comercial dos EUA e o secretário do Tesouro americano terem uma reunião virtual com o vice-premiê da China

Por Sergio Caldas
Atualização:

As principais Bolsas do exterior fecharam sem sentido único nesta terça-feira, 25, após Estados Unidos e China apontarem progressos no acordo comercial assinado no começo do ano e com indicadores econômicos locais.

Mercado de ações do Japão Foto: EFE/EPA/FRANCK ROBICHON

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O apetite por risco ganhou força na Ásia após notícia de que o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, tiveram uma reunião virtual com o vice-premiê da China Liu Hu para discutir a implementação do acordo comercial de "fase 1" que as duas maiores economias do mundo firmaram em janeiro.

Segundo comunicado do escritório de Lighthizer, ambos os lados identificaram avanços e disseram estar comprometidos em tomar os passos necessários para garantir o sucesso do pacto bilateral. No encontro, também foi ressaltado o "significativo aumento" de compras de produtos americanos pelos chineses. 

Bolsas da Ásia 

Os mercados da China continental, no entanto, apresentaram desempenho misto. O menos abrangente Shenzhen Composto garantiu leve alta de 0,11%, mas o Xangai Composto recuou 0,36%. O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,35% em Tóquio, impulsionado por ações dos setores imobiliário e financeiro, enquanto o Kospi avançou 1,58% em Seul, também sustentado pela desaceleração de um recente surto de casos de covid-19 na Coreia do Sul, e o Taiex registrou ganho de 0,88% em Taiwan.

O tom foi negativo também em Hong Kong, onde o Hang Seng caiu 0,26%, pressionado por ações de fornecedores de componentes para smartphones. Já na Oceania, a Bolsa australiana seguiu a tendência majoritária da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,52% em Sydney, a 6.161,40 pontos. 

Bolsas da Europa 

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Já no velho continente o dia foi de quedas generalizadas, apesar dos indicadores positivos. Nesta segunda, o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha recuou 9,7% no segundo trimestre ante o primeiro, menos que a previsão de queda de 10,1% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Além disso, o índice de sentimento das empresas alemãs elaborado pelo Ifo subiu a 92,6 em agosto, ante projeção de 92,0 dos analistas. 

apesar da abertura favorável dos mercados europeus. Por lá, os índices devolveram os ganhos, com o sinal misto vindo de Nova YorkStoxx 600 fechou em queda de 0,30%, enquanto a Bolsa de Londres caiu 1,11% e a de Frankfurt recuou 0,04%, mas a de Paris subiu 0,01%. Em MilãoMadri Lisboa as quedas foram de 0,41%, 0,01% e 1,06% cada.

Bolsas de Nova York

Em Nova York, o clima foi influenciado pelo índice de confiança do consumidor nos EUA, medido pelo Conference Board, que caiu de 91,7 em julho a 84,8 em agosto, ante previsão de 92,5 dos analistas. A Oxford Economics comentou que a piora na confiança pode estar relacionada ao fim de benefícios extras federais para desempregados, em meio ao impasse sobre novos estímulos fiscais em Washington.

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Por lá, as Bolsas fecharam sem sinal único, em parte motivadas pelo díalogo entre autoridades da China e Estados Unidos para a realização da parte 1 do acordo entre as duas potências. Com isso, Nasdaq ganhou 0,76% e o S&P 500 o S&P 500 teve alta de 0,36%. Já o Dow Jones encerrou em baixa de 0,21%.

Petróleo 

Os contratos futuros de petróleo registraram altas nesta terça-feira, com o WTI fechando no maior patamar em cinco meses, influenciado pelo furacão Laura no Golfo do México, que prejudica a produção local. A sinalização de progressos na implementação do acordo comercial entre EUA e China alimentou a expectativa por melhora na demanda global pela commodity, o que também contribuiu para o avanços nos preços nesta sessão.

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O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,71%, a US$ 43,35 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,62%, a US$ 45,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE)./COLABORARAM MAIARA SANTIAGO E MATHEUS ANDRADE

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