A Playboy Enterprises, proprietária da revista Playboy, poderá ser vendida, disse uma fonte familiarizada com o assunto ao jornal The Wall Street Journal, na quinta-feira. A iniciativa ocorre logo após a famosa revista interromper a publicação de fotos de mulheres nuas e colocar a icônica Mansão Playboy à venda.
A companhia está avaliada em cerca de US$ 500 milhões, segundo fontes. O banco de investimentos americano Moelis & Co. está assessorando a Playboy nessa operação. Não está descartada a venda total ou uma parte do negócio. O banco não quis comentar o assunto. A Playboy Enterprises também não falou sobre o tema.
Hugh Hefner, que fundou a revista Playboy em 1953, transformou-a em empresa de capital fechado em 2011, junto com o fundo de private equity (que compra participações em empresas) Rizvi Traverse Management, que à época avaliou a companhia em US$ 207 milhões. Hefner tem cerca de um terço das ações do negócio.
O último número da edição norte-americana da revista com mulheres nuas circulou em dezembro. A capa escolhida para fechar essa linha editorial foi a atriz Pamela Anderson, de 48 anos, um dos grandes símbolos da história da publicação.
A Playboy não divulga informações financeiras detalhadas da companhia. Em 2015, gerou US $ 38 milhões em mídia, incluindo as iniciativas de revistas e publicação digital, e US$ 55 milhões do licenciamento de sua marca para outras empresas, de acordo com um documento obtido pelo The Wall Street Journal.
Brasil. No Brasil, a publicação, que ficou sob a gestão da Editora Abril por 40 anos, passou em dezembro passado para as mãos da paranaense PBB Entertainment, criada pelo fotógrafo de moda André Sanseverino e os empresários Marcos de Abreu e Edson Oliveira. A próxima capa, prevista para abril, terá a atriz Luana Piovani, que não recebeu cachê para posar nua. /Agências Internacionais