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Após crise, Weg faz duas aquisições no exterior

Por Naiana Oscar
Atualização:

Entre as multinacionais brasileiras que retomaram os investimentos no exterior após a crise está a WEG, de Jaraguá do Sul (SC). Esta semana. ela anunciou a aquisição do controle acionário de duas companhias na África do Sul e no México. Os valores dos negócios não foram divulgados. "Nossa estratégia de internacionalização não mudou com a crise. O que mudou foi a velocidade com que os projetos foram executados no ano passado. Não ousamos entrar em novos mercados, mas não paramos em mercados em que estávamos definidos", disse o presidente do grupo, Harry Schmelzer Jr. As aquisições anunciadas esta semana foram as primeiras realizadas pela WEG no exterior desde que a economia começou a se recuperar. Com o negócio, o grupo passou a controlar 51% do ZEST Group, da África do Sul. No México, a WEG estendeu para 60% a participação na fabricante de transformadores Voltran. "Com isso, vamos fortalecer nossa presença no mercado americano, onde a situação está melhorando." Schmelzer Jr. afirma que, somando as duas aquisições, a WEG fará este ano o maior investimento fora do País. Hoje, a produção da empresa está concentrada em 16 parques fabris no mundo. O 17.º está sendo construído na Índia e o 18.º será em Linhares (ES). Cerca de 35% do faturamento do grupo vêm do exterior. A América do Norte representa cerca de 30% dos negócios da empresa fora do Brasil, principalmente pela participação do México. Agora, o foco da empresa é focar os investimentos na Ásia e nos Estados Unidos. Os projetos na Índia e em território mexicano somam, segundo Schmelzer Jr., US$ 85 milhões este ano. Só na Europa, por conta da crise, a Weg segurou os investimentos. O grupo tinha a intenção de construir uma unidade industrial na Rússia, mas os planos foram postergados e não há previsão de que sejam retomados.

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