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Com dados da Europa e chance de estímulos nos EUA, mercados internacionais fecham em alta

Índices ganharam fôlego em meio à divulgação de indicadores europeus que superaram as projeções dos analistas, apesar do avanço da covid-19 no mundo ainda preocupar

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Por Redação
Atualização:

Os mercados da ÁsiaEuropa e de Nova York fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 16, diante da perspectiva de mais estímulos nos Estados Unidos, apesar de ainda chamar a atenção, a nova onda global de casos da covid-19. Resultados favoráreis da economia europeia também animaram, em um dia no qual o mercado ficou à espera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu de 45,3 em novembro para 49,8 em dezembro, ante previsão de avanço a 45,7. A divulgação do dado impulsionou o apetite por risco, mas a Capital Economics alerta que a economia ainda está deprimida e que restrições impostas por alguns países para tentar conter a disseminação do coronavírus ainda devem levar a uma retração da atividade econômica do bloco no quarto trimestre do ano.

Mercado de ações do Japão Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

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Os investidores também ficaram estavam otimistas com o desenrolar das negociações entre Londres e Bruxelas por um acordo comercial pós-Brexit, forma como se chama a saída do Reino Unido da União Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a chanceler alemã Angela Merkel, relataram "progressos" nas tratativas, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ter "todas as esperanças" de que um entendimento possa ser alcançado, apesar de ter mencionado também o impasse sobre as águas de pesca.

A expectativa por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos, de um lado, também impulsionou o apetite por risco. Mas o avanço da covid-19 e o registro de novo recorde de mortes diárias na Alemanha, contudo, impuseram cautela aos negócios. Com o mercado já fechado, o país anunciou que vai começar a vacinar a população já no dia 27 de dezembro.

Bolsas de Nova York

Após perderem fôlego brevemente na sequência da decisão de política monetária do Fed, as bolsas de Nova York voltaram a ganhar força em meio à coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, e fecharam em alta. Sem surpresas, o BC da maior economia do planeta manteve a taxa básica de juros na faixa entre 0% e 0,25% e se comprometeu a ampliar e manter o programa de compras de ativos por tempo indeterminado.

O Fed também melhorou as previsões econômicas para os próximos anos. As projeções apontam para contração de 2,4% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2020, ante queda de 3,7% na atualização anterior. O relatório aponta que a taxa de desemprego deve ceder a 5% em 2021, enquanto em setembro o consenso era de 5,5%. Com isso, o mercado acionário de Nova York fechou em alta. O Dow Jones subiu 0,15% e o S&P 500, 0,18%. O Nasdaq teve ganho de 0,50% e renovou sua máxima histórica de fechamento.

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Bolsas da Ásia

Na China, a Bolsa de Xangai terminou com baixa de 0,01% e a de Shenzhen, de 0,35%, enquanto o japonês Nikkei teve ganho de 0,26%, com os investidores atentos a uma possível melhora das exportações do país. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu de 0,54%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,97%, para 26.460,29 pontos, com ações do setor de tecnologia entre os destaques, já em Taiwan, o índice Taiex avançou 1,68%. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,72%. Papéis de mineradoras e do setor de tecnologia puxaram os ganhos, com as negociações por estímulos nos EUA também no radar. 

Bolsas da Europa 

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O clima de bom humor tomou conta do mercado, com o avanço das negociações nos EUA e também no Brexit - com isso, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com ganho de 0,82%. A Bolsa de Londres subiu 0,88%, a de Frankfurt, 1,52% e a de Paris, 0,31%. Lisboa subiu 0,42% e Milão avançou 0,23%. Madri foi o único mercado a fechar em queda, com baixa de 0,16%.

Petróleo

No mercado de petróleo, as cotações tiveram uma quarta-feira positiva: o barril do WTI com entrega para janeiro fechou em alta de 0,42%, a US$ 47,82, e do Brent para fevereiro ganhou 0,63%, a US$ 51,08. O Departamento de Energia dos EUA informou hoje que os estoques da commodity no país caíram 3,135 milhões de barris, para 500,096 milhões de barris. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam queda de 2,7 milhões de barris no período./ MAIARA SANTIAGO, IANDER PORCELLA, PEDRO CARAMURU E ANDRÉ MARINHO

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