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Após decisão do Fed, Bovespa tem 1ª alta do mês

Recuperação dos mercados internacionais favorece Bolsa de São Paulo, que fechou o dia em alta de 1,55%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Depois de três pregões seguidos de quedas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) finalmente voltou ao terreno positivo nesta terça-feira, 5, favorecida pela recuperação das bolsas internacionais e pela decisão dentro do previsto do Federal Reserve. O petróleo pesou sobre as ações da Petrobras e acabou diminuindo os ganhos do principal índice doméstico - mas as aéreas dispararam pela mesma razão. Vale também oscilou muito ao longo do dia e chegou a registrar perdas fortes, assim como siderúrgicas, mas, no final, os papéis conseguiram voltar ao azul e favorecer um fechamento mais robusto para a Bolsa.   Veja também: Juro americano é mantido em 2% ao ano   O Ibovespa terminou a sessão em alta de 1,55%, aos 56.470,6 pontos. Oscilou entre a mínima de 55.609 pontos (estabilidade) e a máxima de 56.974 pontos (+2,45%). No mês, tem perdas de 5,10% e, no ano, de 11,61%. O volume financeiro totalizou R$ 5,411 bilhões (preliminar).   O evento mais aguardado do pregão era o término da reunião do Fomc, com conseqüente anúncio da taxa de juros norte-americana. E o resultado veio dentro do previsto: a taxa se manteve em 2% ao ano, com 10 votos a favor e um, de Richard Fischer, pela elevação. O comunicado, que muitos previam que ia ser alterado neste encontro, trouxe mais do mesmo. O que não significa pouco: as preocupações da autoridade monetária norte-americana continuam voltadas para a perspectiva altamente incerta para a inflação e a manutenção dos riscos para o crescimento.   Como o petróleo caiu, metais preciosos, como ouro e prata, subiram e o ISM serviços veio melhor do que as previsões, as bolsas norte-americanas tiveram alta. O Dow Jones terminou o pregão com avanço de 2,94%, aos 11.615,8 pontos, o S&P fechou em elevação de 2,87%, aos 1.284,88 pontos, e o Nasdaq, +2,81%, aos 2.349,83 pontos - apenas o Dow Jones não fechou na máxima pontuação do dia.   O contrato para setembro do petróleo negociado na Nymex terminou o dia em US$ 119,17, menor valor desde 5 de maio, com queda de 1,84%. O recuo foi motivado pela previsão de queda na demanda. Já o ISM subiu de 48,2 em junho para 49,50 em julho, ante previsão de que ficaria em 48,7. Apesar da puxada acima das previsões, o número segue abaixo de 50, o que indica contração da atividade e ameniza qualquer euforia por parte dos investidores.   No Brasil, apesar da alta das bolsas norte-americanas - e também das européias -, as blue chips Vale e Petrobras trabalharam o dia todo pressionadas - oscilando grandes momentos de queda por de altas - em função do recuo do preço das commodities e da venda por parte de estrangeiros. Vale, no entanto, conseguiu recuperar-se no final e fechar em alta, em boa parte diante da expectativa positiva para o balanço que divulga amanhã após o fechamento do mercado. Vale ON subiu 1,07% e Vale PNA, 0,95%.   Petrobras, no entanto, não teve a mesma sorte e pendeu com a queda do petróleo. As ações ON recuou 1,15% e as PN, 2,10%. Por outro lado, a queda do petróleo levou as companhias aéreas a dispararem. Gol PN subiu 16,18%, a maior alta do Ibovespa, e TAM PN avançou 7,21%, na segunda maior elevação.   A recuperação de hoje não significa uma tendência, já que a perspectiva de continuidade do enfraquecimento nos preços das commodities permanece no foco. A Bovespa, contudo, tem a seu favor a safra de balanços domésticos, para a qual as perspectivas são amplamente favoráveis.

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