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CUT negocia e shows do '1º de maio' serão na República

Acordo ocorre um dia depois da proibição de apresentações musicais na Av. Paulista

Por Juliana Diógenes e Sara Abdo
Atualização:

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) recorreu da liminar da Justiça que proibia a realização do ato em comemoração ao Dia do Trabalho na Av. Paulista na segunda-feira, 1º de maio.

CUT fará manifestação em forma de passeata nesta segunda-feira, 1º de maio. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Após acordo com a Justiça feito neste domingo, 30, a CUT tem a permissão de realizar concentração e ato político na Av. Paulista, mas a manifestação artística prevista para as 15 horas foi transferida para a Praça da Repúlica, na região central de São Paulo. Nos últimos quatro anos a comemoração da data pela CUT ocorreu no Anhangabaú, também na zona do centro paulistano.

A decisão do juiz Alexandre Malfatti permite que a concentração comece às 12 horas. Às 14 horas haverá um ato político em frente ao MASP, com a participação dos líderes sindicais da CUT, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB), Intersidincal e Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Os discuros serão em um carro de som, que deverá seguir as coordenadas da CET e da Polícia Militar. Neste ato é esperada a presença do ex-presidente Lula, que ainda não confirmou presença. Do MASP os participantes seguirão para a Praça da República nos modos de uma passeata pela Rua da Consolação. 

Julio Turra, secretário-geral da CUT afirma que o acordo é o "mínimo esperado", e reforça que a entidade já havia tomado todas as providências com a Prefeitura Regional da Sé e a Polícia Militar.  A Central optou por manter a manifestação artística para dar voz e espaço aos cantores, que assumem a causa das manifestações. Haverá shows dos rappers Emicida e Mc Guimê e a sambista Leci Brandão. 

O prefeito.  O prefeito de São Paulo, João Doria, argumentou neste domingo que o veto à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de realizar o ato de 1º de Maio na Avenida Paulista não foi uma decisão da prefeitura, que prefeitura só cumpriu uma determinação da Justiça assinada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no governo Fernando Haddad. Doria afirmou que, diferentemente das outras três centrais sindicais, a CUT não fez solicitação formal para realizar o evento na cidade. "A CUT apenas anunciou que faria na Avenida Paulista e na Paulista não pode".

Prefeito João Doria negaque CUT tenha formalizado pedido de autorização para realizar ato na Av. Paulista. Foto: Helvio Romero/Estadão

Expectativas. Turura afirma que para este 1º de maio não está esperada uma multidão. "Fizemos grande esforço na greve geral do dia 28, e neste feriado será um pouco difícil reunir a mesma quantidade de pessoas. "Será um ato de militância".

A CUT afirma que por ser uma comemoração tradicional e uma data de valorização dos direitos trabalhistas, neste ano o evento é uma continuação dos protestos, que motivaram a greve geral da sexta-feira, 28. As manifestações reuniram milhares de pessoas por todo o País contra as reformas trabalhista e da Previdência. Apesar de pacíficos na maioria das cidades, no Rio de Janeiro e em São Paulo, houve depredação e violência, mais para o final do dia.

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