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Após derrota na Previdência, Guedes cancela reuniões com senadores do PSD, PP e MDB

Na terça-feira, senadores que votaram a favor do texto-base traíram o governo na votação sobre o abano salarial; mudança desidratou em R$ 76,4 bilhões a economia prevista com a reforma em dez anos

Por Daniel Weterman e Idiana Tomazelli
Atualização:

BRASÍLIA - Após o governo ser derrotado na votação de um item da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou três reuniões que teria com senadores nesta quarta-feira, 2. As audiências seriam realizadas com as bancadas do PSD, PP e MDB no Senado.

Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, senadores - entre eles desses três partidos - votaram a favor do texto principal mas traíram o governo na votação sobre o abono salarial.A votação que retirou as mudanças da reforma no pagamento do abono salarial desidratou o impacto fiscal da proposta em mais R$ 76,4 bilhões.

Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes Foto: Dida Sampaio/Estadão - 1/10/2019

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"Deve ter sido consequência de ontem, do abono salarial", afirmou o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA). A conversa, declarou, seria feita para tratar de temas econômicos. "Certamente, eles (a equipe econômica) vão se reunir no Palácio do Planalto em consequência de ontem."

Pacto federativo

Como o Estadão/Broadcast revelou, a equipe econômica vai refazer as contas do projeto do novo pacto federativo. De acordo com fontes do governo, a ordem de Paulo Guedes é compensar "cada bilhão" perdido na Previdência por meio do projeto que refaz a divisão dos recursos arrecadados entre União, Estados e municípios, chamado de pacto federativo.

"Em toda enchente morre um sapo, fazer o quê? Vamos ver qual sapo vai morrer", declarou Otto Alencar, sobre a possibilidade de o pacto federativo ser desidratado no ritmo das mudanças na reforma da Previdência.

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