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Após dois meses no vermelho, País tem fluxo de dólares positivo em janeiro

Investidores estrangeiros foram atraídos por clima de confiança no ajuste das contas públicas; fluxo cambial ficou positivo em US$ 3,9 bilhões em janeiro

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Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

O clima de confiança na nova equipe econômica, o atual ciclo de aperto monetário e o aumento da liquidez internacional fizeram com que o Brasil se tornasse mais atrativo para investimentos produtivos e especulativos no primeiro mês de 2015. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 4, pelo Banco Central, o fluxo cambial total ficou positivo em US$ 3,9 bilhões em janeiro. Em igual mês de 2014, o saldo estava no azul em US$ 1,6 bilhão.

Esta foi a primeira vez que, no acumulado de um mês, as operações financeiras ficaram no azul desde outubro do ano passado, conforme os dados do BC. Naquele mês, o saldo foi positivo em US$ 5,4 bilhões. Em novembro e em dezembro, as saídas por esse segmento foram maiores do que as entradas em US$ 2,1 bilhões e US$ 14,5 bilhões, respectivamente.

Clima de confiança na equipe econômica comandada por Levy foi um dos fatores para avanço Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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Já no acumulado do ano passado, o volume de recursos que deixou o País foi US$ 9,3 bilhões maior do que o que entrou.

As operações financeiras, que foram no ano passado a principal porta de saída de recursos (US$ 13,4 bilhões), agora se consolidam como as que recebem maior quantidade de dólares. No mês passado, o ingresso de dólares por esse segmento superou o envio em US$ 4,1 bilhões, diferença entre entradas de US$ 51,4 bilhões e saídas de US$ 47,3 bilhões. A área financeira reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo ficou negativo em US$ 215 milhões, com importações de US$ 15,6 bilhões e exportações de US$ 15,3 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 3,6 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 3,0 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,700 bilhões em outras entradas.

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