PUBLICIDADE

Após ganhos recentes, mercados internacionais fecham sem sentido único

Índices deixaram temporariamente de lado o otimismo com a vacinação e a chance de uma retomada econômica mais rápida do que o esperado para realizar lucros

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os principais índices do exterior fecharam sem sentido único nesta quarta-feira, 17, com alguns deles sucumbindo à realização de lucros após subirem em pregões recentes em meio a apostas de recuperação econômica global mais rápida com o avanço da vacinação contra a covid-19

Na agenda de indicadores, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país subiu 1,3% em janeiro ante dezembro bem acima da previsão dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 0,4%. No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acelerou a um aumento de 0,7% em janeiro ante igual mês do ano passado. 

Mercado de ações do Japão Foto: Eugene Hoshiko/AP

PUBLICIDADE

"Combinado com aumentos bruscos nos preços de energia e commodities, há uma preocupação crescente de que os preços mais altos não apenas sufoquem qualquer recuperação pós-pandemia, devido aos custos de empréstimos mais altos, mas também possam prejudicar os gastos do consumidor futuro devido ao custo de vida mais alto", analisou Michael Hewson, analista-chefe de mercado  da CMC Markets, em nota a clientes.

Já o mercado acionário americano ganhou certo impulso com a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). De acordo com o documento, os dirigentes da instituição continuaram a ver a pandemia de covid-19 como um risco "considerável" para a perspectiva econômica e destacaram o compromisso de buscar um inflação "moderadamente" acima de 2% "por algum tempo". A Capital Economics avalia que a autoridade monetária manteve o tom de apoio aos estímulos. "Duvidamos que o Fed comece a reduzir suas compras de ativos até o início do próximo ano e acreditamos que a primeira alta da taxa de juros será adiada até 2024", diz a consultoria britânica.

Bolsa de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam o pregão sem direção única, mas ganharam força relativa após a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve reforçar a postura pró-incentivos econômicos da instituição. O Dow Jones subiu 0,29% e bateu nova máxima histórica, mas o S&P 500 recuou 0,03% e o Nasdaq caiu 0,58%. 

Bolsas da Ásia 

Publicidade

As Bolsas da Ásia encerraram os negócios desta sem direção única nesta quarta. A Bolsa de Tóquio caiu 0,58%, enquanto a de Seul teve baixa de 0,93%. No lado positivo, o mercado de Hong Kong avançou 1,10% e o de Taiwan, fechado desde o dia 5 deste mês por conta de feriados locais saltou 3,54%. A Bolsa australiana caiu 0,46% em Sydney

Na China continental, os mercados vão reabrir amanhã (18), após feriado de uma semana por ocasião do ano-novo lunar. Na Oceania, a Bolsa australiana caiu 0,46% em Sydney.

Bolsas da Europa 

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quarta, em meio ao avanço nas expectativas para inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas da zona do euro caiu 0,74%, enquanto a Bolsa de Londres cedeu 0,56%. Já Paris baixou 0,36% e Frankfurt se desvalorizou 1,10%. MadriLisboa tiveram perdas de 0,38% e 0,16% cada.

Em Milão, o índice caiu 1,12%, após em discurso no Parlamento, o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, projetar que a economia local só deve retornar aos níveis pré-crise no final de 2022. 

Petróleo 

petróleo  fechou em alta nesta quarta-feira, impulsionado pelo impacto da nevasca no Texas, que fez a produção da commodity cair cerca 3,5 milhões de barris por dia. Os preços, contudo, oscilaram durante o pregão, com sinalizações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode elevar a oferta do barril.

Publicidade

Em resposta, o petróleo WTI para março fechou em alta de 1,82%, em US$ 61,14 o barril, enquanto o Brent para abril subiu 1,56%, a US$ 64,34 o barril./ MAIARA SANTIAGO, ANDRÉ MARINHO, IANDER PORCELLA E MATHEUS ANDRADE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.