Após invasão da Alerj, comandante que permitiu protesto é exonerado
Segundo a corporação, a troca já estava prevista antes da invasão ocorrida na terça-feira, mas integrantes da PM atribuem a exoneração à pressão de Picciani
Por Fabio Grellet
Atualização:
RIO - Dois dias depois que policiais militares do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos (BPGE) e do Batalhão de Choque permitiram a entrada de uma multidão de manifestantes na sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde ocuparam o plenário e chegaram a destruir objetos, a Polícia Militar do Rio anunciou que o coronel Rodrigo Sanglard foi exonerado do comando do BPGE. Ele será substituído pelo tenente coronel Rubens Castro Peixoto Junior.
No Rio, manifestantes invadem a Alerj em protesto contra pacote anticrise
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Manifestantes invadem a Assembleia Legislativa do Rio
Manifestantes tomaram o plenário e estavam sentados nas cadeiras do presidente, Jorge Picciani (PMDB), e de outros deputados. Também as galerias do se... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Ocupação
Deputados e o presidente Jorge Picciani (PMDB)não estavam na Alerj no momento da invasão, apenas funcionários. Alguns deles conseguiram deixar o prédi... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Sinalizador
Durante a invasão ao plentário, um sinalizador de fumaça foi aceso. Foto: Fábio Motta/Estadão
Manifestantes quebram tapumes
O protesto começou no fim da manhã desta terça-feira, 8, de maneira pacífica, mas acabou se acirrando por volta das 14h20, quando servidores públicos ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Protesto na rua
A manifestação reuniu servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, bombeiros e representantes de penitenciárias, que se organizaram por meio do Fa... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Multidão
O Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio estima que o protesto tenha reunido cerca de 5 mil pessoas. Foto: Fabio Motta/Estadão
Servidores manifestam contra pacote anticrise
Composto de 22 projetos de lei, o plano foi enviado à Alerj na sexta-feira, 4, e inclui iniciativas impopulares, como a elevação da contribuição previ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Policiais Militares, civis, bombeiros e inspetores participaram da manifestação
O protesto foi organizado por meio de redes sociais e reúne servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e inspetores de penitenci... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Ruas fechadas
Dado o grande número de manifestantes, a Rua Primeiro de Março, uma das principais do centro do Rio, foi fechada ao tráfego de veículos. Foto: Fábio Motta/Estadão
Quebradeira
O gabinete da vice-presidência foi todo destruído. Foto: Fabio Motta/Estadão
Calamidade Pública
O Rio decretou calamidade pública em decorrência da crise financeira no dia 17 de junho, dois meses após a primeira decisão judicial que bloqueou recu... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
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Segundo a corporação, a troca já estava prevista antes da invasão ocorrida na terça-feira, mas integrantes da PM atribuem a exoneração à pressão do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), que criticou duramente a invasão à Casa.
A ocupação permitida pela PM foi um protesto de servidores contra projetos enviados à Alerj pelo governo estadual para equilibrar as contas públicas. Em nota, Picciani afirmou que "a invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento. (...)Os prejuízos causados ao patrimônio público serão registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados".
Não houve alteração no comando do Batalhão de Choque, que também atuava na Alerj na terça-feira.