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Após o Copom, mercado atenta para pesquisas

Passada a reunião do Copom, que decidiu pela manutenção da Selic em 18,5% ao ano, a expectativa dos investidores fica por conta da divulgação da pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope.

Por Agencia Estado
Atualização:

Passada a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu ontem pela manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 18,5% ao ano, a expectativa dos investidores fica por conta da divulgação de uma nova pesquisa de intenções de voto. A apuração foi feita pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ontem, surgiram rumores sobre uma eventual piora do pré-candidato pelo PSDB, José Serra, fator que teria contribuído para a piora dos mercados no período da tarde. A sucessão presidencial é o foco de maior influência para o humor dos investidores nos últimos meses. O problema é que o País possui um elevado grau de endividamento e os investidores ficam inseguros em relação à possibilidade de não pagamento (calote) da dívida. Como não se sabe quem será o novo presidente e de que forma ele vai administrar a dívida pública, a insegurança é ainda maior. A taxa de risco-país, que mede a confiança dos investidores em relação à capacidade de pagamento da dívida de um país, demonstra essa preocupação. Ontem, a taxa chegou bem perto de 1.400 pontos. Para se ter uma idéia, há um mês, quando foi realizada a última reunião do Copom, estava em torno de 950 pontos. Viés de baixa O Comitê também decidiu colocar viés de baixa na taxa Selic. Isso significa que o Banco Central (BC) poderá reduzir a Selic antes da próxima reunião do Comitê, e, 16 e 17 de julho. Analistas afirmam que essa decisão dependerá de um recuo das cotações do dólar aliada a uma melhora da situação conjuntural. Diante dessa perspectiva, as atuações do Banco Central no sentido de dar maior liquidez aos mercados, com a colocação de papéis cambiais e a oferta efetiva de dólares, será acompanhada com atenção pelos investidores (veja mais informações sobre a decisão do Copom nos links abaixo). Investimentos A decisão do Comitê não alterou a recomendação dos analistas para os investimentos. Apesar da colocação de um viés de baixa, que indica uma tendência de redução de juros, a aposta em um fundo de renda fixa prefixada é considerada arriscada. Isso porque não há nenhuma certeza de que os juros efetivamente vão cair. De fato, a recomendação principal dos analistas é um cuidado maior com o gestor dos seus investimentos. Com a regra de marcação a mercado, as carteiras que possuem títulos com vencimento mais longo tendem a apresentar oscilações maiores e o investidor precisa estar ciente desse risco ao escolher sua carteira. Portanto, o melhor a fazer é buscar todas as informações sobre o seu fundo de investimento e, se o gestor negar-se a fornecer algum tipo de explicação, pode ser hora de trocar de administrador. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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