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Após os Brics, economistas já formulam novas siglas para países emergentes

Um exemplo é o grupo Mist (névoa, em inglês) formado por México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

DAVOS - O modelo de desenvolvimento dos quatro maiores países emergentes que compõem o chamado grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), é uma inspiração para outros mercados em desenvolvimento. A afirmação é do presidente do First Eastern Investiment Group, Victor Chu, que não incluiu a África do Sul em sua análise. Segundo ele, depois do desenvolvimento do grupo nos últimos anos, outros países têm usado a mesma inspiração para crescer. Entre os citados pelo presidente da gestora de private equity durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, estão a Indonésia, Turquia e Nigéria.

O desejo desses mercados de experimentar desenvolvimento semelhante levou, inclusive à criação de novos acrônimos semelhantes a Bric (que faz referência à "brick", que é tijolo em inglês).O ministro do comércio exterior da Indonésia, Gita Wirjawan, cita alguns novos termos: México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia formam o Mist (névoa, em inglês). Outro grupo é a união de México, Indonésia, Nigéria e Turquia ou o Mint (menta).Além dos debates em Davos, outros acrônimos foram lançados por economistas recentemente: Vietnã, Indonésia, África do Sul, Turquia e Argentina formam o "Vista" e Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul compõem o Civets.Nos quatro novos grupos, a Indonésia e a Turquia são únicos presentes em todos os acrônimos.Além do crescimento econômico observado nos últimos anos, Wirjawan diz que chama atenção o fato de que esses países têm situação fiscal melhor que as economias centrais. "Todos esses mercados têm números muito melhores que a Europa ou os Estados Unidos", disse, ao defender que o espaço fiscal desses mercados poderia ser usado para diminuir a diferença social dessas sociedades, além de investimentos em educação e infraestrutura.

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