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Após queda de indicação do Centrão para o BNB, banco voltará a ser comandado por ex-presidente

Decisão veio após reportagem do 'Estadão' mostrar que Alexandre Borges Cabral é alvo de ação do TCU por suposta irregularidade na Casa da Moeda

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - Depois da fracassada a indicação do Centrão para o comando do Banco do Nordeste (BNB), o ex-presidente do banco, Romildo Carneiro Rolim, deve reassumir a presidência da instituição. O Estadão apurou que a decisão de retorno de Rolim ao comando do banco é mais técnica do que política.

A presidência do banco estava vaga depois da passagem relâmpago de Alexandre Borges Cabral. Indicado pelo Centrão, Cabral foi exonerado do cargo pouco mais de 24 horas após tomar posse. A queda ocorreu depois que a reportagem do Estadão mostrou que Cabral era alvo de uma apuração conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre suspeitas de irregularidades em contratações feitas pela Casa da Moeda durante sua gestão à frente da estatal, em 2018. O prejuízo é estimado em R$ 2,2 bilhões.

Romildo Rolim tem a simpatia da equipe de Guedes e é funcionário de carreira do BNB. Foto: Banco do Nordeste (BNB)

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O conselho de administração do banco destituiu Cabral e nomeou Antônio Jorge Pontes Guimarães Júnior, atual diretor financeiro e de crédito, para presidente interino.

A nomeação de Cabral para chefiar o BNB foi mais uma indicação política do Centrão, depois da aliança dos partidos que formam o bloco com o governo Bolsonaro - a primeira na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Romildo Rolim foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer e ficou no cargo até ser substituído por Cabral. Tinha a simpatia da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o manteve no cargo. Ele é funcionário de carreira do BNB, um dos cinco bancos públicos federais.

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