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Após rebaixar nota da Argentina, S&P diz que país não está mais em 'calote seletivo'

A S&P havia diminuído a nota do país depois de o governo de Mauricio Macri ter anunciado adiaria o pagamento de dívidas de curto prazo

Por Monique Heemann
Atualização:

Um dia depois de ter rebaixado o rating da Argentina de B- para SD, que indicaria "calote seletivo", a agência de classificação de risco S&P voltou a elevar a nota do país de SD para CCC-.

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A mudança desta sexta-feira, 30, havia sido antecipada pela própria S&P, que avisou que tomaria a medida assim que o governo argentino divulgasse o calendário com as novas datas de pagamento da dívida, feita pelo Ministério da Fazenda. A S&P também elevou os ratings de curto prazo de D para C.

Na quarta-feira, 28, o governo de Mauricio Macri informou que pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma mudança dos vencimentos do empréstimo de US$ 57 bilhões concedido no ano passado e que atrasará o pagamento da dívida de curto prazo com investidores institucionais.

Presidente da Argentina, Mauricio Macri Foto: Marcos Brindicci/ REUTERS

Segundo a S&P, em nota, "há um risco elevado de inadimplência", caracterização que é consistente com o rating CCC- . A agência acrescentou que a perspectiva negativa reflete o cenário improvável de que Macri pode obter apoio político ou que a turbulência do mercado em meio às incertezas possa comprometer a capacidade do governo de cumprir com suas obrigações.

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