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Após reunião com a Fenaban, bancários mantêm greve

Por AE
Atualização:

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região decidiu nesta quinta-feira a greve da categoria, que hoje completou oito dias. Segundo a assessoria de imprensa dos grevistas, as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foram suspensas após reunião em que os banqueiros não apresentaram proposta. A Fenaban foi procurada, mas não atendeu aos telefonemas da reportagem e não divulgou nota.Amanhã está prevista uma nova rodada de conversas entre as duas partes. Hoje, segundo balanço do sindicato, 34,5 mil bancários participaram da greve em 796 locais de trabalho. Amanhã à tarde, os bancários realizam nova assembleia para decidir os rumos do movimento.Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), participação nos lucros e resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Em proposta anterior, a Fenaban previa pagamento de 1,5 salário, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido do banco.No ano passado, os bancários receberam até 2,2 salários limitado a R$ 13.862. Pela regra em vigor, os bancos têm de distribuir entre 5% e 15% de seu lucro líquido, mas propuseram diminuir o teto para 4% do lucro líquido. Em 2008, os bancários receberam até R$ 1.980 de valor adicional à PLR. Se os bancários aceitassem a atual proposta da Fenaban, esse valor adicional seria de até R$ 1.500.O Sindicato dos Bancários informou que o debate sobre a PLR tomou boa parte das negociações de hoje. O comando da greve reforça a necessidade de tornar a distribuição da PLR mais justa com regras simplificadas. Os trabalhadores também pedem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

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