22 de fevereiro de 2008 | 15h39
O amplo leque de fundamentos favoráveis ao Brasil, reforçando o caminho que pode levar o País ao investment grade ainda este ano, continua alimentando o mercado doméstico nesta sexta-feira. O dólar chegou a romper momentaneamente o patamar de R$ 1,70, o que levou o Banco Central a fazer leilão de compra ainda pela manhã. Veja também: O sobe-e-desce do dólar Mesmo que a cotação da moeda norte-americana tenha ido às máximas depois disso, continua em queda ante o fechamento de quinta-feira e no mais baixo valor desde maio de 1999. Às 15h30, o dólar caía 0,29%, cotado a R$ 1,706. A Bovespa mostra pequena queda, fruto de realização de lucros, considerada tímida. Impulsionados pelos bons fundamentos domésticos e pela expectativa que o investment grade está muito perto de ser alcançado, os investidores têm medo até de realizar lucros. Num dia de agenda fraca no exterior e aqui e de baixa nas bolsas internacionais, o Ibovespa manteve o fôlego durante a manhã e na máxima subiu 1,19%, voltando a reconquistar pelo segundo dia seguido os 64 mil pontos. Nos outros mercados, as notícias também não poderiam estar sendo melhores. O receio de ser atropelado por mais uma grande boa notícia é a explicação dada pelos operadores para essa realização moderada de lucros na Bovespa, que reverteu o sinal de alta no início da tarde e às 15h35 cedia 0,13%. "O que surpreende é essa realização estar sendo fraquinha", diz um analista. O que puxa esse movimento de correção de preços são as blue chips Vale e, principalmente, Petrobras, na esteira do que acontece no mercado de commodities. Após a forte alta de ontem, quando o cobre e o alumínio bateram as máximas de 22 meses, os preços dos metais básicos estão realizando lucros. E as ações preferenciais da Vale, que chegaram a subir mais de 1% logo cedo, operavam em baixa de 0,54% às 13h31, com o mercado aparentemente já tendo absorvido o acordo fechado com o grupo chinês Baosteel de reajuste de 65% e 71% para os preços do minério. Havia forte expectativa em torno dessa negociação com os chineses porque eles são os maiores consumidores da Vale. Agora, superado esse risco, a Vale pode concentrar esforços na negociação com a Xstrata, segundo os especialistas.
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