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Após três meses de queda, emprego industrial se estabiliza

Porém, na comparação de janeiro com o mesmo período do ano passado, há um recuo de 1,3% no número de vagas

Por Agencia Estado
Atualização:

Após três meses de queda, o nível de emprego industrial permaneceu estável em janeiro, na comparação com dezembro. O dado, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já está livre de influências sazonais (particularidades de determinados meses do ano). Porém, segundo o instituto, na comparação com o mesmo período de 2005, houve diminuição no número de vagas em 1,3%, o que manteve uma tendências de queda pelo quinto mês consecutivo. No acumulado nos últimos 12 meses, o nível de emprego industrial apresenta uma trajetória declinante, passando de 1,1% de vagas criadas até dezembro, para 0,7% até o primeiro mês de 2005. Janeiro x janeiro Na comparação janeiro de 2006 com o mesmo mês do ano passado, Rio Grande do Sul respondeu pela principal contribuição negativa, com recuo de 9,4% dos postos de trabalho. A queda foi o resultado na diminuição no número de assalariados em 12 segmentos industriais, com destaque para Calçados e artigos de couro, com retração de 23,4%. Em seguida, região Nordeste, com queda de 3,7%; e o Paraná, com 3,4%, figuraram como o segundo e terceiro impactos negativos no total do País. Em contrapartida, as regiões Norte e Centro-Oeste tiveram um aumento de 5% no número de vagas, exercendo a principal contribuição positiva no período. Em seguida, veio Minas Gerais, com alta de 2,1%. Setores Ainda no confronto mensal, no total do País, 12 dos 18 setores apresentaram índices negativos, sendo as principais pressões representadas por Calçados e artigos de couro, que, no período, mandaram 14,7% de seus empregados embora. Máquinas e equipamentos e Madeira também tiveram retração no número de vagas, com 9,3% e 15,6%, respectivamente. Em sentido contrário, destacou-se a influência positiva de Alimentos e Bebidas, com alta de 8%; e, em menor medida, de Meios de transporte, com 3,7%. Horas pagas Em janeiro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou recuo de 0,7% em relação a dezembro. Porém, o indicador acumulado nos últimos doze meses assinalou aumento de 0,5%. A jornada média de trabalho mostrou crescimento de 0,6% no índice mensal e variação negativa no indicador acumulado nos últimos doze meses (-0,2%). Folha de pagamento Em janeiro de 2006, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o IBGE, o movimento explicado, sobretudo, pelo pagamento de benefícios na indústria extrativa, que teve alta de 23,7%. Evolução da folha de pagamento Mês Ante mês anterior Ante igual mês do ano anterior Janeiro 2005 5,9% 5,0% Fevereiro zero 2,2% Março 1,3% 4,4% Abril -2,2% 3,9% Maio 1,4% 6,0% Junho -2,1% 3,2% Julho -0,4% 2,9% Agosto 1,9% 5,1% Setembro -1,3% 3,6% Outubro -1,7% 2,5% Novembro -0,5% 2,5% Dezembro -1,9% zero Janeiro 2006 5,3% -0,2%

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