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Após xingar funcionários, presidente da Eletrobrás permanece no cargo

Apesar da polêmica, acredita-se que o executivo disse a verdade e se fortaleceu ainda mais no cargo

Por Anne Warth
Atualização:

O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, vai permanecer no cargo. De acordo com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, o executivo continuará a integrar a equipe de governo. Na quinta-feira, 22, o Estadão/Broadcast publicou reportagem que cita uma gravação, feita por sindicalistas, na qual Ferreira Jr. acusa alguns dirigentes da companhia de "vagabundos" e "safados" em razão dos altos salários, muitos privilégios e pouco compromisso com a companhia.

Embora tenham causado polêmica entre os funcionários da Eletrobrás, no Ministério de Minas e Energia as declarações de Ferreira Jr. foram bem recebidas. Apesar de alguns terem considerado suas palavras exageradas, há quem diga que o executivo disse a verdade e se fortaleceu ainda mais no cargo.

Na reunião com sindicalistas, Ferreira Jr. disse que muitos dirigentes da Eletrobrás são "inúteis". Foto: Divulgação

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Para Pedrosa, o executivo se expressou mal, na forma de um "desabafo infeliz", durante uma reunião fechada. "Talvez a forma não tenha sido adequada, até porque o que o pensamento do Wilson não está dirigido à força de trabalho da Eletrobrás como um todo, mas a algumas exceções", explicou. "Mas não podemos mudar o rumo ou diminuir a visão do movimento que estamos fazendo, que é mais importante."

Ele ainda disse que a equipe do Ministério de Minas e Energia está enfrentando interesses muito grandes. "Estamos dizendo muito 'não' para muita gente e para muito privilégio. Temos que ser coerentes", afirmou. "A nossa agenda é uma agenda dura", acrescentou.

Ouça os áudios:

Na reunião com sindicalistas, Ferreira Jr. disse que muitos dirigentes da companhia são "inúteis" e "São 40% da Eletrobrás. 40% de cara que é inútil, não serve para nada, ganhando uma gratificação, um telefone, uma vaga de garagem, uma secretária. Vocês me perdoem. A sociedade não pode pagar por vagabundo, em particular, no serviço público", disse.

Após a divulgação da gravação, os funcionários fizeram uma paralisação e Ferreira Jr. gravou um vídeo pedindo desculpas pelas palavras rudes. Em nota, a empresa disse que os áudios foram tirados do contexto.

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