
22 de agosto de 2015 | 02h03
Produtos para smartphones de empresas como a alemã Babbel, a britânica Memrise e a americana Duolingo já ultrapassaram em termos de audiência nomes relevantes como Berlitz e Rosetta Stone.
Dezenas de milhões de usuários estão começando a se render à flexibilidade de praticar vocabulário ou conversação em movimento, como parte de um curso de estudos ou simplesmente como opção mais casual.
"Isso é uma questão de incrementar a conveniência: aplicativos para smartphones oferecem uma ampla seleção de conteúdo de mais fácil acesso, a qualquer hora, em qualquer lugar", disse o fundador da Memrise, sediada em Londres, Ed Cooke.
Os melhores apps móveis usam reconhecimento de voz, lembretes de e-mail e recursos de jogos e ciência cognitiva para atrair usuários.
Estes produtos de baixo preço estão forçando editoras, tutores e fornecedoras de ferramentas de ensino a reconsiderarem suas estratégias, que há muito contam com a cobrança de preços de dois dígitos por livros ou centenas de dólares por cursos.
As vendas globais de ferramentas e serviços de idiomas devem cair 2,1% até 2018 ante 2014, para US$ 56,3 bilhões, segundo a Ambient. Enquanto isso, a participação de soluções móveis deve subir 73%, para cerca de US$ 14,5 bilhões até 2019.
O presidente da Berlitz, controlada pela britânica Apa Publishing, Rene Frey, vislumbrou um cenário sombrio para muitas editoras estabelecidas.
Segundo ele, não faz sentido para as editoras investirem mais em conteúdo especializado de idiomas enquanto os usuários migram para conteúdo gratuito fornecido por Google Translate, dicionários colaborativos como LEO ou companhias de baixo custo como a Babbel. Em vez disso, a Apa está focada em ampliar a linha de guias de viagem e livros de frases Insight.
A Babbel afirma que é lucrativa desde 2011, dobrando a receita a cada ano desde então. Usuários pagam cerca de US$ 6 dólares por assinaturas. / REUTERS
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