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Apreensão com rebaixamento de bancos estrangeiros

Hoje foi a vez do Santander rebaixar a recomendação para a dívida brasileira aos seus clientes, seguindo os passos do ABN-Amro, Merrill Lynch e Morgan Stanley. Outra corrente, porém, manteve a posição no Brasil. Ë o caso do ING, Dresdner e JP Morgan.

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais uma instituição financeira se aliou à corrente dos que apontam o crescimento do pré-candidato do PT à presidência, Lula, como fator de preocupação, a exemplo das instituições americanas Merrill Lynch e Morgan Stanley e da holandesa ABN Amro, trazendo mais insegurança ao mercado financeiro nesta sexta-feira. Agora foi a vez do espanhol Santander anunciar o rebaixamento da recomendação dos títulos da dívida brasileira aos seus clientes. Outros bancos vieram a público anunciar que mantêm sua posição em relação ao Brasil. É o caso, por exemplo, do ING, do Dresdner e do JP Morgan. Ainda assim, o clima é de nervosismo. E, embora haja muitas críticas aos bancos que mudaram a avaliação sobre o Brasil por causa, principalmente, do cenário político, o mercado acredita que o risco Brasil vá se manter elevado por algum tempo. Também contribui para esse mau humor o fato de a Petrobras e Eletropaulo cancelarem captações externas, embora a estatal não tenha citado o fator político, e sim as dificuldades da Worldcom. Esse ambiente conturbado já está provocando, segundo profissionais, aumento de demanda por hedge cambial. Mas o ponto principal de atenção dos investidores deve continuar sendo o cenário político. Depois que os bancos citaram o crescimento de Lula nas pesquisas para rebaixar o Brasil, há grande expectativa para as próximas pesquisas. O mercado teme que o pré-candidato do PT siga em crescimento e que o pré-candidato do governo, José Serra, seja ultrapassado por Garotinho, do PSB.. Números do mercado Há pouco, o dólar comercial estava sendo cotado a R$ 2,4140 na ponta de venda dos negócios, em alta de 0,75% em relação aos últimos negócios de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro, com vencimento em outubro, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagam taxas de 18,770% ao ano, frente aos mesmos 18,840% ao ano negociados terça-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em queda de 0,73%.

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