A necessidade da Aracruz de reduzir os investimentos no curto e médio prazo, que resultou no adiamento em um ano do projeto de expansão da fábrica de Guaíba (RS), não deve atingir as obras de infra-estrutura do grupo em território gaúcho. Apesar das adversidades, acentuadas pelas perdas com derivativos, a empresa decidiu manter os projetos de construção dos terminais fluviais de Guaíba e Rio Pardo, além do terminal marítimo de São José do Norte. Os projetos devem demandar investimentos de aproximadamente R$ 185 milhões, sendo que quase 80% desse valor serão destinados ao terminal de São José do Norte. O local será responsável por escoar a celulose produzida na fábrica de Guaíba para o mercado externo. Já os terminais fluviais de Guaíba e Rio Pardo - o primeiro localizado dentro do complexo da companhia - serão responsáveis por facilitar o transporte da madeira das florestas até a fábrica. O cronograma prevê que o terminal de São José do Norte entre em operação em 2010, antes, portanto, do término da construção da nova linha de celulose em Guaíba - agora prevista para 2011. A expectativa da Aracruz é que o terminal de São José do Norte tenha condições de escoar praticamente toda a produção da unidade de Guaíba, cuja capacidade deverá saltar das atuais 450 mil toneladas anuais para 1,8 milhão de toneladas. ANDRÉ MAGNABOSCO