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Araraquara começa a receber energia do rio Madeira

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
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Está prevista para sexta-feira, 18, a primeira descarga de energia no linhão de 2.385 quilômetros que liga as usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Porto Velho (RO), à estação de distribuição de Araraquara, na região central do Estado de São Paulo. Na fase de testes, até 31 de outubro, o sistema vai operar com potência inicial de 700 megawatts. Em novembro, a potência será elevada para 1.500 megawatts. Na madrugada desta terça-feira, 15, entrou em testes a estação transmissora de Porto Velho, que vai receber a energia gerada nas duas usinas, converter em corrente contínua e descarregar na linha de transmissão. A estação receptora de Araraquara fará o processo inverso, transformando a corrente contínua em corrente alternada para abastecer as redes de distribuição. Em dois anos, o sistema estará operando com capacidade plena de 6.000 megawatts, aumentando em 5,2% a energia disponível no sistema nacional - metade da geração da Usina de Itaipu.A entrada em operação do primeiro bipolo (bloco) da estação ocorre após três anos e quatro meses do início das obras e de um investimento de quase R$ 4 bilhões da empresa Araraquara Transmissora de Energia. De acordo com o gerente da unidade, Roberto Luiz de Freitas, durante a fase de testes a IE Madeira, responsável pela linha de transmissão, fará a calibragem dos equipamentos rastreadores para verificar eventuais pontos críticos do sistema. O trabalho é acompanhado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão que administra o Sistema Nacional Interligado. O segundo bipolo deve operar no primeiro semestre de 2014.Desde agosto do ano passado, a subestação de Araraquara participa da distribuição de energia de Furnas e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). Com a chegada da energia do rio Madeira, o fluxo será invertido e tanto Furnas como a CTEEP distribuirão a eletricidade gerada na região amazônica. O prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB) vê a chegada da energia como um marco para a região. "Com maior oferta de energia, a economia regional amplia sua competitividade", disse.

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