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Argentina anuncia redução de cargos e congelamento de salários

Mauricio Macri disse que a saída do que serão cerca de 1.000 funcionários públicos, um de cada quatro, representará economia de U$ 75 milhões para o governo

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou nesta segunda-feira, 29, uma redução de 25% dos cargos políticos do Executivo e o congelamento dos salários dos funcionários. Ele também afirmou que proibirá que qualquer familiar de ministros possa fazer parte do governo.

Em um ato na Casa Rosada, sede do Executivo em Buenos Aires, Macri revelou que a saída do que serão cerca de 1.000 funcionários públicos - um de cada quatro - representará uma economia de 1,5 bilhão de pesos (US$ 75 milhões) para o governo.

Argentina iniciou negociações para obter um empréstimo junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para conter a alta do dólar Foto: AFP PHOTO / Eitan ABRAMOVICH

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Além disso, disse que não haverá negociações salariais para os funcionários "com cargos de dotação política" da administração pública nacional em 2018.

Macri também afirmou que, nos próximos dias, assinará um decreto para que nenhum ministro argentino possa ter familiares dentro do governo.

"Sei que com esta medida vamos perder colaboradores muito valiosos da equipe e isso me dá muita pena. Mas sempre dissemos que queríamos fazer um país mais transparente", justificou.

Nesse sentido, o presidente argentino criticou que quando chegou ao poder, em dezembro de 2015, o governo era um "emaranhado burocrático" com uma estrutura "muita vertical", o que tornava muito difícil tomar decisões e "levava muito tempo" para executá-las.

Por essa razão, propôs estruturas novas que ajudem a ter um Estado "mais ágil, mais atento, mais preparado para administrar melhor".

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"Espero que este exemplo seja seguido por todos na política argentina e convido as administrações públicas de todas as jurisdições do país a tomar medidas similares. Temos que continuar melhorando a institucionalidade, a integridade e a transparência na política", declarou.

Ele reforçou que a política não pode ter "vantagens excepcionais", mas "deve ser um exemplo de austeridade".

"A primeira coisa que exijo de todos vocês que escolho para ser parte da minha equipe é vocação, boa fé e integridade. E sei que todos os senhores as têm e lhes agradeço o esforço que fazem todos os dias", disse ao dirigir-se aos integrantes do seu gabinete, presentes no ato na Casa Rosada.

Essa foi primeira atividade oficial de Macri após voltar neste domingo de uma viagem internacional por Rússia, Suíça e França, na qual se reuniu com autoridades políticas e empresários da Europa, uma viagem na qual assegurou ter sentido um "enorme orgulho" pelo "interesse" que a Argentina desperta agora no exterior.

"Estamos transformando-nos para crescer e ser realmente a geração que mude a Argentina para sempre", declarou antes de assegurar que todos os governantes estão se dando conta que "a mudança veio para valer ".

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