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Argentina autoriza envio de gás para o Paraguai

Temendo o desabastecimento do mercado interno, a Argentina, que é o único país a fornecer o Gás Liquefeito de Petróleo para o Paraguai, cessou o envio do produto há cerca de quinze dias

Por Agencia Estado
Atualização:

O abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para o Paraguai deverá ser normalizado a partir da próxima semana, assegurou o ministro de Indústria e Comércio, Raúl Vera Bogado. O desabastecimento teve início há cerca de quinze dias e foi provocado pela suspensão de exportações das petrolíferas argentinas - únicas fornecedoras do produto ao Paraguai. As empresas Pluspetrol, Shell Capsa, YPF, Thamarat e Esso temiam descumprir acordo com o governo argentino que estabelece que as exportações só devem acontecer quando não houver risco de desabastecimento do mercado interno. O agravamento da tensão na Bolívia, que culminou, segunda-feira, com a nacionalização das reservas energéticas daquele país, levou as empresas argentinas a suspenderem os envios para o Paraguai. Na quinta-feira, o governo argentino autorizou que elas normalizassem os embarques. Filas A interrupção do envio do GLP ao Paraguai provocou enormes filas nas revendedoras. Em muitas delas, o produto acabou levando os paraguaios a uma verdadeira peregrinação em busca de um botijão de gás. O estoque total de GLP, que abastece 49% das residências e 25 mil veículos, é de 10% em relação ao nível histórico. O país consome 7 mil toneladas do produto por mês. O Paraguai não utiliza gás natural e é o único país do Mercosul que ainda não é servido pelo gasoduto boliviano. O fornecedor tem dois ramais - um que abastece o Brasil e o Uruguai e outro, a Argentina. O Paraguai assinou no mês passado acordo para a construção de uma dessas ligações para receber o produto.

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