
30 de setembro de 2014 | 15h02
O país sul-americano quer mostrar que consegue honrar sua dívida e que o não pagamento, em julho, aos detentores da dívida reestruturada após o default de 2002 foi resultado de decisões judiciais dos Estados Unidos.
"Ao fazer esse depósito, a Argentina confirma novamente seu comprometimento inquebrantável de cumprir todas as suas obrigações junto aos credores", informou o Ministério em comunicado.
Não ficou claro quantos credores receberão o pagamento de juros antes do prazo de 30 de setembro sem a assistência de intermediários financeiros estrangeiros, o que pode violar as determinações do tribunal dos EUA se eles ajudarem a Argentina.
Se os fundos não chegarem aos credores, um prazo de 30 dias deve ser desencadeado, após o qual o default, que atualmente envolve apenas os bônus Discount, se estenda aos títulos Par.
O banco central depositou o pagamento de juros de seus bônus Par, regidos pela lei internacional, no Nación Fideicomisos após o governo remover o banco que estava encarregado da operação anteriormente, o Bank of New York Mellon, em uma tentativa de contornar as decisões do tribunal dos EUA.
O default de julho da Argentina veio após o juiz Thomas Griesa bloquear no fim de junho o pagamento de juros, ordenando que o país pague totalmente um pequeno grupo de hedge funds norte-americanos que rejeitaram os termos da troca de dívida em 2005 e 2010 antes de fazer o pagamento da dívida reestruturada.
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