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Argentina diz ser impossível pagar dívida neste mês; não pretende enviar comitiva aos EUA

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Por Redação
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O Ministério da Economia argentino informou na noite passada que ficou "impossível" fazer o próximo pagamento da sua dívida em 30 de junho em Nova York, após a decisão judicial norte-americana de não aceitar renegociação. "(A decisão) impossibilita o pagamento, em Nova York, do próximo vencimento da dívida restruturada e mostra falta de vontade de negociar com condições diferentes", informou o ministério em comunicado na quarta-feira à noite. Na manhã desta quinta-feira, o chefe de gabinete do governo, Jorge Capitanich, disse ainda que a Argentina não tem planos de enviar uma comitiva aos Estados Unidos para negociar uma saída judicial com os credores que não aceitaram restruturações anteriores das dívidas do país sul-americano. "Não há delegação ou missão viajando para os Estados Unidos", disse ele a repórteres, decisão que poderia levar a um novo calote. Na quarta-feira, um advogado em nome da Argentina mostrou disposição em Nova York para negociar com os credores para tentar acabar com a longa disputa com os detentores de bônus que se recusaram a participar de uma troca de dívida. Este compromisso foi assumido durante audiência presidida pelo juíz norte-americano Thomas Griesa, que decidiu em favor de detentores de títulos no valor de 1,33 bilhão de dólares. A decisão segue firme e, assim, qualquer pagamento feito pelo governo argentino aos credores que aceitaram as restruturações de dívidas anteriores corre o risco de ser anulado nos Estados Unidos. O Ministério da Economia da Argentina disse na quarta-feira à noite que, neste cenário, o pagamento de seus títulos com vencimento em 30 de junho tornou-se "impossível". A argentina entrou em default por cerca de 100 bilhões de dólares em 2001/2002. (Por Hugh Bronstein, Alexandra Ulmer e Jorge Otaola)

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