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Argentina e Bolívia chegam a um acordo sobre preço do gás

O acordo poderá influenciar no preço do gás que a Bolívia está negociando com o Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

A Argentina e a Bolívia já chegaram A um acordo técnico sobre o novo preço do gás boliviano que é vendido ao mercado argentino, segundo fonte do ministério de Planejamento, encarregado pelas negociações. Haverá uma banda de preço por milhão de BTU (unidade de medida do gás) entre US$ 4,5 a US$ 5,5, ajustável segundo uma fórmula que combinará o valor dos combustíveis substitutos do gás, cujos preços oscilam conforme o preço internacional do petróleo. Falta definir, no entanto, o preço base do gás, o que será feito pelos próprios presidentes Evo Morales e Néstor Kirchner. Na segunda semana desse mês, o presidente da Bolívia fará sua primeira visita oficial à Argentina, por dois dias. A data exata ainda não foi marcada. Na ocasião, ambos presidentes pretendem anunciar o acordo, o qual poderia influenciar no preço do gás que a Bolívia está negociando com o Brasil, segundo opinou a fonte. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, descartou que o Brasil e a Argentina estejam negociando conjuntamente com a Bolívia, "até porque são situações diferentes", como argumentou o ministro em visita à Buenos Aires, na última terça-feira. No entanto, o ministro brasileiro admitiu que há conversas sobre as negociações. Rondeau se reuniu com o ministro de Planejamento da Argentina, Julio De Vido, um dia depois que este último tivera uma reunião com o governo do Chile, justamente para acertar o preço que os chilenos estariam dispostos a pagar pelo gás boliviano que compram da Argentina. Praticamente todo o gás que a Argentina importa da Bolívia é exportado para o Chile. Segundo a fonte, na negociação entre a Argentina e a Bolívia, ainda falta definir o prazo do contrato, o qual estaria vinculado com os vários projetos de integração energética que atualmente os governos da região discutem.

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