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Argentina emite mais pesos do que programou

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central da Argentina já emitiu 4,5 bilhões de pesos, de fevereiro até abril, ultrapassando a pauta de emissão monetária de 3,5 bilhões para o ano de 2002. Desta emissão, 3 bi foram para os bancos em forma de empréstimos, chamados de redescontos; 1,1 bilhão foram repassados ao Banco de la Nación para financiar o governo, enquanto que 700 milhões foram diretamente encaminhados ao Tesouro. Diante dos números, o governo já se prepara para negociar com o Fundo Monetário Internacional a flexibilização das metas monetárias. O argumento é o de que com a saída dos depósitos e a liberação gradual do "corralito", a emissão monetária será necessária para evitar a queda dos bancos. Segundo o jornal Ámbito Financiero, o assunto faz parte das negociações que o ministro de Economia, Roberto Lavagna, está travando com os representantes dos bancos, há três dias, para fechar o plano Bonex II e o fim do "corralito". Lei de Falências e Concordatas A Câmara dos Deputados deixou para hoje, a partir das 10 horas, o debate no plenário das mudanças na Lei de Falências e Concordatas, uma das chaves para abrir as portas do acordo entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional. Falta consenso tanto na bancada do Partido Justicialista (PJ), do governo, quanto da União Cívica Radical (UCR), de sustentação, os dois maiores blocos. Faltando apenas seis dias para o primeiro vencimento de dívida da Argentina com os organismos multilaterais de crédito, o país ainda não conta com as leis exigidas pelo FMI, nem com outra alternativa para evitar o default. O presidente Eduardo Duhalde ainda não recebeu nenhuma resposta favorável ao apelo feito aos países vizinhos, como o Brasil, de um empréstimo para honrar o pagamento dos US$ 800 milhões de dólares ao Banco Mundial no próximo dia 15 de maio. Enquanto o tempo passa, as bancadas de apoio ao governo ficam transferindo, de uma para a outra, a responsabilidade pela votação das matérias. O PJ acusa a UCR de ter pedido mais tempo para analisar o projeto, enquanto que a UCR diz que o PJ ainda não tem um consenso sobre a matéria. Leia o especial

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